Cerca de 500 migrantes teriam morrido em um naufrágio no Mediterrâneo, informou nesta quarta-feira, em Roma, um porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), citando testemunhas.
Se confirmado, será uma das piores tragédias registradas nos últimos anos.
Um grupo de 41 refugiados sobreviventes, a maioria somalis e etíopes que chegaram a Kalamata, Grécia, relataram ter visto o naufrágio de outra embarcação, muito maior, com cerca de 500 pessoas a bordo.
O grupo de 41 migrantes ficou à deriva até ser resgatado no sábado (16) e desembarcou em Kalamata no domingo.
Segundo os relatos, esse grupo zarpou de um ponto próximo de Tobruk, leste da Líbia, a bordo de uma barcaça em péssimas condições e com 100 a 200 pessoas a bordo.
Já em mar aberto, os contrabandistas tentaram passar os passageiros para outra embarcação, muito maior e já superlotada com migrantes. Esse segundo barco acabou virando com o peso e o movimento do mar.
"Alguns dos sobreviventes se encontravam na embarcação menor e não conseguiram subir no barco maior, ou conseguiram nadar até o barco menor depois do afundamento do grande", explicou Carlotta Sami, chefe da ACNUR para a Europa do Sul.
A data do naufrágio testemunhado por estes migrantes ainda não é clara.
Há um ano, cerca de 700 a 800 migrantes morreram nas águas do Canal da Sicília, uma tragédia que comoveu a opinião pública italiana.