A justiça chinesa deu razão à rede social americana Facebook em um processo contra uma empresa que utilizava seu nome, dias depois de rejeitar um processo semelhante movido pela Apple relacionado com a sua marca iPhone.
As autoridades chinesas haviam autorizado em 2014 uma fábrica de bebidas registrar a marca "face book" para produtos comestíveis, mas uma liminar ordenou o governo a rever a sua decisão.
A fábrica recorreu, mas o Tribunal Popular Superior de Pequim indicou em um comunicado, citado nesta segunda-feira pela televisão estatal CCTV, que negou o recurso.
O tribunal considerou que a empresa Zhongshan Pearl River, da província de Guangdong, não deveria ter sido autorizada a utilizar a marca.
Este uso "atenta contra os valores intrínsecos das marcas registradas e perturba os procedimentos normais de registros comerciais", afirma o comunicado, emitido no mês passado.
Consequentemente, tais atos "devem parar", acrescenta.
O Facebook não quis comentar o caso.
A rede social está bloqueada há anos na internet chinesa, assim como outros portais estrangeiros, como Google e New York Times, sob uma rigorosa política de censura imposta pelo regime comunista.
Apesar da proibição, a empresa americana conseguiu desenvolver negócios na China, através de contratos com empresas e municípios.
Em março, no âmbito de uma estratégia de relações públicas, o fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, desafiou um espessa névoa de poluição durante uma corrida sem máscara protetora na Praça Tiananmen, em Pequim.
A Apple teve menos sorte do que o Facebook. Na semana passada, um tribunal de Pequim decidiu em favor de uma empresa de produtos de couro que desde 2007 utilizava a marca "IPHONE", similar aos smartphones da empresa americana 'iPhone'.