Onze casos de microcefalia em recém-nascidos, um deles em um bebê que nasceu morto, foram registrados em Cabo Verde desde a chegada do zika vírus neste arquipélago da África ocidental, informou o Ministério da Saúde.
O balanço anterior, divulgado no final de maio, registrava três casos, dois deles na capital, Praia, e um na Ilha do Maio.
Desde então, as mulheres que ficaram grávidas no segundo semestre do ano passado "começaram a dar à luz", disse Maria de Lourdes Monteiro, epidemióloga do ministério.
"Agora, contabilizamos onze casos de bebês com microcefalia", completou Monteiro, citada pela imprensa nesta sexta-feira.
Nove casos foram notificados em Praia, e dois em Maio.
O zika se propaga principalmente através da picada de mosquitos infectados pelo vírus, mas também pode ser transmitido sexualmente e da mãe para o feto durante a gestação.
Infecções pelo zika já foram constatadas em 60 países e territórios.
A epidemia que atualmente atinge os países da América do Sul revelou estar associada a transtornos neurológicos e, principalmente, à microcefalia - malformação que se caracteriza por um tamanho abaixo da média da cabeça de bebês de mães infectadas com o zika, e que prejudica o desenvolvimento cerebral.
No Brasil, o país mais afetado, foram registrados 1.616 casos de microcefalia desde o início da epidemia de zika, em outubro passado, segundo dados do Ministério da Saúde.