O senador pelo estado de Vermont, Bernie Sanders, recuou novamente em dar a Hillary Clinton o seu apoio total na eleição para presidente nos Estados Unidos. Neste domingo, Sanders afirmou que a ex-secretária de Estado precisa abraçar plenamente muitas das suas propostas em primeiro lugar, tal como um salário mínimo de US$ 15 por hora, universidade gratuita e um sistema de saúde que tenha um único remunerador para os médicos.
A equipe da campanha presidencial de Sanders conversa com a campanha de Clinton negociando uma maneira para que os dois rivais democratas a se unam. Em entrevista à rede de televisão CNN, Sanders disse que a iniciativa tem que partir do lado de Clinton. Uma pesquisa divulgada no mês passado revelou que cerca de um terço dos eleitores de Sanders nas primárias não apoiariam Hillary.
"O que estamos tentando dizer para Clinton e sua equipe é: "Vamos lá, seja mais ousada do que tem sido até agora, e assim, muitos desses eleitores podem dar seu apoio", disse Sanders. "Essas pessoas votaram em mim, creio eu, porque elas disseram que é hora de ter um presidente que tem a coragem de ir contra os grandes interesses das forças econômicas".
Sanders afirma que também gostaria de ver uma postura mais agressiva de Hillary Clinton a favor da implementação de um imposto sobre emissão de carbono, o fim do fracking (fraturamento hidráulico utilizado para realizar perfurações e extração de gás xisto) e novos investimentos em infraestrutura.
Agora que o processo das primárias democratas terminou, Sanders está tentando empurrar a plataforma do partido para a esquerda, antes da convenção presidencial do partido, marcada para julho na Filadélfia. Na entrevista, Sanders deixou claro que esperava um apoio mais claro às suas propostas por parte do Partido Democrata e de Clinton, antes de dar seu apoio incondicional à candidatura. No entanto, Sanders afirmou que provavelmente votará em Clinton, na eleição de novembro. "Nós estamos tentando dizer para Clinton e sua campanha: Deixe claro de que lado você está", disse Sanders.
Um dos principais objetivos, segundo o senador, é impedir que Donald Trump, o candidato republicano, ganhe a presidência em novembro. "Temos candidato a presidente que insulta mexicanos, latinos, muçulmanos, mulheres e afro-americanos. Este não é o candidato que o povo americano vai apoiar em novembro", disse ele. "Eu vou fazer tudo o que eu posso para derrotar Donald Trump, mas muita daa responsabilidade sobre conquistar o povo americano para o lado dela é da própria Clinton". Fonte: Dow Jones Newswires.