Espanha: polícia prende quadrilha suspeita de estelionato em 70 países

No total, 25 suspeitos foram detidos, 21 deles na Espanha e o restante no Brasil, na França e em Portugal em uma operação conjunta com a agência policial da União Europeia, a Europol
AFP
Publicado em 10/07/2016 às 17:45
No total, 25 suspeitos foram detidos, 21 deles na Espanha e o restante no Brasil, na França e em Portugal em uma operação conjunta com a agência policial da União Europeia, a Europol Foto: Foto: Reprodução/Internet


A polícia espanhola anunciou neste domingo (10) que desarticulou uma quadrilha suspeita de estelionato que teria fraudado em 25 milhões de euros (27 milhões de dólares) milhares de pessoas em 70 países, incluindo o Brasil, através de um esquema em pirâmide envolvendo investimentos em rastreadores GPS.

No total, 25 suspeitos foram detidos, 21 deles na Espanha e o restante no Brasil, na França e em Portugal, em uma operação conjunta com a agência policial da União Europeia, a Europol, afirmou a Polícia espanhola em um comunicado.

Os detidos são de nacionalidade espanhola, portuguesa e colombiana.

O grupo é suspeito de vender rastreadores GPS a pequenos investidores particulares que, dependendo da quantia aplicada, acumulavam pontos que podiam trocar por bens de luxo, como carros e casas.

"Grande parte do dinheiro (...) era destinado à promoção do estelionato, chegando a realizar, em várias ocasiões, grande eventos, como viagens, shows e reuniões em grandes hotéis de maneira gratuita, onde convenciam os presentes a investir seu dinheiro", disse a Polícia no comunicado.

"A fraude evoluiu desde o primeiro caso, detectado no Brasil em 2013, se estendendo pela Europa e pela Tunísia, com nomes diferentes", acrescentou.

Mais de 8.000 pessoas podem ter sido afetadas pelo esquema.

A Polícia realizou buscas em vários imóveis em Madri e na cidade de Mérida (oeste) e confiscou documentos relacionados ao esquema internacional de fraude em pirâmide, além de joias, celulares e cerca de 60.000 euros.

Os documentos revelaram também que o grupo tinha cerca de 50 contas em vários paraísos fiscais.

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