O Conselho de Ensino Superior (YÖK) turco proibiu os professores universitários de fazer viagens a trabalho ao exterior, informou nesta quarta-feira (20) a agência de notícias pró-governamental Anatolia, cinco dias depois de um golpe de Estado frustrado.
O organismo público convocou os reitores a "examinar urgentemente a situação de toda a equipe docente e administrativa" vinculada ao clérigo Fethullah Gülen, acusado de orquestrar o golpe de Estado. Os reitores devem expor suas conclusões no dia 5 de agosto.
Além disso, o YÖK convocou as universidades que têm professores fora da Turquia a convocá-los de volta o quanto antes, segundo a Anatolia.
Após a tentativa de golpe, Ancara estendeu sua grande punição ao exército, à polícia, à estrutura judicial e à educação, com o objetivo de expulsar do sistema os partidários do clérigo, ex-aliado e atual inimigo do presidente Recep Tayyip Erdogan.
Na terça-feira, o governo suspendeu 15.200 funcionários da educação estatal e pediu a renúncia de quase 1.600 decanos de universidades públicas e privadas por seus supostos vínculos com Gülen.
O clérigo vive na Pensilvânia (Estados Unidos), mas segue tendo grandes interesses e influência na Turquia, dos meios de comunicação às finanças, passando pelo setor educacional, o poder judicial ou a polícia.