O presidente Barack Obama descartou terminantemente nesta sexta-feira (22) que seu governo tenha possuído informações de inteligência antes da tentativa de golpe na Turquia e assegurou que essa versão é "inequivocamente falsa".
"Qualquer versão segundo a qual nós tivemos conhecimento prévio de uma tentativa de golpe, ou de que havia qualquer participação dos Estados Unidos, ou que nós não apoiamos inteiramente a democracia turca, é completamente falsa. Inequivocamente falsa", disse o presidente.
Em coletiva de imprensa na Casa Branca, Obama acrescentou que o pedido turco pela extradição do religioso Fethullah Gülen - a quem o líder turco Recep Tayyip Erdogan responsabiliza pelo golpe - será tratado de acordo com as leis americanas.
Por essa razão, agregou Obama, o tratamento desse pedido de extradição irá requerer que a Turquia apresente evidências de que Gülen tenha estado envolvido na tentativa de golpe.
De acordo com Obama, na conversa telefônica que manteve com Erdogan, ele explicou-lhe este detalhe.
No caso de existirem essas evidências, disse o presidente, "certamente iremos levar essas alegações muito a sério".