A justiça chilena acusou nesta quarta-feira (19) o ex-candidato presidencial em 2010 Marco Enríquez Ominami por crimes tributários ao facilitar a emissão de faturas falsas para fins políticos.
O Ministério Público considerou que o popular político "facilitou" a emissão de 36 faturas falsas por seu ex-chefe de campanha, Cristian Warner, de 2011 a 2014, no valor de cerca de 391 milhões de pesos (cerca de 585.000 dólares) por serviços que nunca teriam sido prestados.
Warner teria emitido as faturas através da Comunicaciones Publicidad y Marketing EIRL à SQM Salar, uma filial da mineradora Soquimich, que esteve controlada há até pouco tempo pelo controverso ex-genro do ditador Augusto Pinochet, Julio Ponce.
"Warner, atuando em representação de sua empresa Cristian Warner Comunicaciones Publicidad Y Marketing e com absoluto conhecimento de ME-O e concertado por este último, assinou em fevereiro de 2011 um contrato simulado com Patricio Contesse (ex-gerente da SQM), cujo objetivo era prestar assessoria à mineradora em matéria de comunicações", disse o procurador Pablo Gómez em uma audiência realizada em Santiago.
Enríquez Ominami terá que se dirigir a cada quinze dias à delegacia para se apresentar e não poderá deixar o país enquanto o caso é investigado.
Warner também foi acusado como autor de crimes tributários, explicou o procurador.