UE considera 'todas as opções' se atrocidades na Síria continuarem

A UE pedia o fim das atrocidades e um cessar das hostilidades
AFP
Publicado em 20/10/2016 às 22:59
A UE pedia o fim das atrocidades e um cessar das hostilidades Foto: Foto: GEORGE OURFALIAN / AFP


O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, garantiu nesta sexta-feira (20) que a União Europeia (UE) cogita "todas as opções possíveis" contra o governo sírio e seus aliados, entre eles a Rússia, se as "atrocidades" continuarem na Síria - sem se referir explicitamente a eventuais sanções.

"A UE pede o fim das atrocidades e um cessar das hostilidades. Considera todas as opções disponíveis, se essas atrocidades continuarem", disse Tusk, após uma cúpula de presidentes europeus em Bruxelas.

Mas no texto final da cúpula, a referência a todas as opções - que figurava no rascunho - foi retirada após uma longa reunião, concluída na madrugada desta sexta-feira.

O primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, que não apoia a imposição de sanções a Moscou, avaliou que a formulação final das conclusões é adequada para pressionar o máximo possível visando um acordo na Síria.

"Não teria sentido incluir aqui uma referência às sanções", declarou Renzi ao final do encontro.

Os mandatários mantiveram em suas conclusões uma condenação "firme" dos bombardeios russos e sírios contra civis na cidade de Aleppo, e apelaram ao fim da violência e à retomada do processo político sob o patrocínio da ONU.

A reunião de líderes europeus ocorre no momento em que Aleppo vive o primeiro dia de uma confusa trégua - até sábado - que Rússia e Síria acertaram após suspender seus bombardeios, na terça-feira, contra os setores rebeldes no leste da cidade.

Moscou é alvo de críticas da potências ocidentais por seu apoio ao regime de Bashar al-Assad em sua ofensiva contra os setores rebeldes de Aleppo.

Meio a meio

A UE tem se mostrado dividida, até o momento, sobre a possibilidade de impor sanções à Rússia, como defendem Reino Unido e Estados Unidos.

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