Maduro chama civis para combater criminalidade na Venezuela

Ele destacou que os civis agirão por intermédio de uma ''Polícia Comunitária'' e de um ''Sistema de Inteligência Popular'', sem dar detalhes
ABr
Publicado em 18/01/2017 às 9:01
Ele destacou que os civis agirão por intermédio de uma ''Polícia Comunitária'' e de um ''Sistema de Inteligência Popular'', sem dar detalhes Foto: Foto: FEDERICO PARRA / AFP


O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nessa terça-feira (17) a convocação de civis para combater a crescente criminalidade no país, entregando aos chamados "patriotas cooperantes" funções de segurança e inteligência. A informação é da Agência France Presse.

Maduro também relançou as Operações de Libertação do Povo (OLP), manobras militares e policiais contra a criminalidade que, em 2015, foram alvo de denúncias de violações dos direitos humanos, agora rebatizadas de Operações para a Liberdade Humana do Povo (OLHP).

"Apenas o povo salva o povo. Convoco todo o nosso povo, com toda a força do Estado venezuelano, com todas as capacidades do Estado venezuelano, para a ação", disse Maduro em rede nacional de rádio e televisão.

O presidente Maduro destacou que os civis agirão por intermédio de uma "Polícia Comunitária" e de um "Sistema de Inteligência Popular", sem dar detalhes sobre a estrutura das duas organizações.

Sobre as polêmicas OLP, Maduro anunciou que voltarão "com mais força", mas com um "conceito novo". "Agora se chamarão Operações para a Libertação Humana do Povo (OLHP), com enfoque na proteção do povo, na busca dos que violam a lei".

A nova estratégia será liderada pelo vice-presidente, Tareck El Aissami, que também coordena o comando especial de repressão à ameaça de golpe de Estado, que deteve seis opositores ao "chavismo" na semana passada.

Oito em cada dez venezuelanos rejeitam a gestão de Maduro

A coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) exige a antecipação da eleição presidencial, prevista para 2018, como solução para a grave crise política e econômica que abala a Venezuela.

De acordo com pesquisas de órgãos privados, oito em cada dez venezuelanos rejeitam a gestão de Maduro.

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