A área de testes nucleares de Punggye-ri, na Coreia do Norte, está "pronta" para a realização de provas, informaram nesta quarta-feira analistas do site "38 North", especializado no regime de Pyongyang.
Imagens de satélites da zona, obtidas em 12 de abril, "mostram atividade contínua em torno do portal norte, e novas atividades na principal zona administrativa e de pessoal próximo ao centro de comando", segundo o 38 North.
Pyongyang "aparentemente instalou um dispositivo nuclear em um túnel que poderá ser detonado na manhã de sábado" na Coreia do Norte, afirma a rádio Voice of America, citando vários funcionários americanos, que pediram para não ser identificados.
No próximo sábado, o regime comunista celebra o 105º aniversário de nascimento de seu fundador, Kim Il-Sung. Estas datas são geralmente comemoradas com exibições de força militar.
A imprensa estatal norte coreana informa nesta quinta-feira (13) que o líder Kim Jong-Un supervisionou manobras militares das forças especiais.
Segundo a agencia oficial KCNA, Kim Jong-un assistiu de um posto de observação manobras envolvendo salto de paraquedistas de aparelhos leves das forças especiais que caíram "como granizo" para "destruir sem piedade objetivos inimigos".
"Este exercício mostra novamente que os invasores imprudentes provarão o sabor das balas do nosso Exército Popular coreano e a guerra".
Na terça-feira, a Coreia do Norte prometeu reagir ao envio de uma flotilha dos Estados Unidos à península coreana e advertiu estar pronta para a "guerra".
Uma nova série de testes de mísseis balísticos da Coreia do Norte despertou os temores dos Estados Unidos de que Pyongyang possa desenvolver um vetor intercontinental capaz de carregar uma ogiva nuclear ao território americano.
Pyongyang já realizou cinco testes nucleares subterrâneos, sendo dois em 2016.
Há uma semana, disparou um míssil que caiu no Mar do Japão, na véspera de uma reunião entre o presidente americano, Donald Trump, e o líder chinês, Xi Jinping.
Trump ameaça com uma ação unilateral contra a Coreia do Norte caso a China, aliada de Pyongyang, fracasse em controlar seu turbulento vizinho.