Um homem armado com facas e suspeito de querer cometer um ataque terrorista foi preso nesta quinta-feira (27) em Londres, perto do Parlamento de Westminster, palco de um ataque em março, informou a polícia.
Com 27 anos, o homem foi detido "por suspeita de posse de armas" e "suspeita de preparação e realização de atos de terrorismo", indicou a Scotland Yard em um comunicado. Ele foi colocado sob custódia.
Questionado pela AFP, um porta-voz da Scotland Yard afirmou que ninguém ficou ferido no incidente, que não apresenta mais "ameaça imediata".
A polícia comunicou que várias facas foram encontradas com o jovem. Fotos de um jornalista da AFP mostram três grandes facas no local do incidente, em torno do qual agentes trabalham.
A prisão ocorreu no cruzamento entre a Parliament Street e a Parliament Square, perto do Parlamento de Westminster, cenário de um ataque mortal em 22 de março.
Ao redor, a polícia estabeleceu um perímetro de segurança e interrompeu o tráfego na direção da Parliament Street, em direção ao 10 Downing Street, a residência dos primeiros-ministros britânicos.
Alguns policiais vestindo coletes à prova de balas estavam presentes ao redor do perímetro de uma centena de metros estabelecido para permitir o trabalho de perícia.
Os agentes da perícia analisaram meticulosamente e depois abriram a mochila do suspeito. Pouco após às 16h00 (12h00 de Brasília) terminaram o trabalho e se preparavam para deixar o local em uma van cinza.
Em 22 de março, um homem avançou com seu veículo contra a multidão que caminhava pela ponte de Westminster, que atravessa o rio Tamisa em frente ao Big Ben, antes de esfaquear fatalmente um policial na entrada do Parlamento.
O ataque fez cinco mortos no total. Seu autor, Khalid Masood, um cidadão britânico convertido ao Islã, foi abatido a tiros.
Doze pessoas foram detidas após o atentado, mas foram todas liberadas sem acusação.
O ataque foi reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI), mas a Scotland Yard afirmou que não havia "encontrado evidências de uma associação" entre Masood com o EI ou a Al-Qaeda, nem provas de que tenha se radicalizado na prisão.
O homem, no entanto, tinha "claramente um interesse pela jihad", segundo informou uma autoridade do serviço de combate ao terrorismo, Neil Basu.
"É possível que jamais compreendamos as razões que o levaram a fazer isso", acrescentou ele, enquanto muitas testemunhas foram convocadas a depor e milhares de documentos foram apreendidos.
Entre 1983 e 2003, Adrian Russell Ajao, conhecido como Adrian Elms ou Khalid Masood, foi condenado em várias ocasiões por agressão, posse ilegal de armas e perturbação da ordem pública.