Os governos ocidentais advertiram nesta quarta-feira (10) que "grupos terroristas" preparam sequestros de estrangeiros em áreas turísticas nas Filipinas, um mês depois de uma operação fracassada do grupo islamita Abu Sayyaf.
O presidente filipino, Rodrigo Duterte, declarou que reforçou a segurança na ilha ocidental de Palawan, um dos destinos turísticos mais procurados do arquipélago, depois de um alerta sobre sequestros lançada pela embaixada dos Estados Unidos.
"A embaixada dos Estados Unidos recebeu informações credíveis segundo as quais grupos terroristas podem estar planejando operações contra estrangeiros em áreas de Palawan", afirma o aviso aos viajantes.
A embaixada aponta dois possíveis locais: a capital Puerto Princesa e o Parque Nacional do rio subterrâneo de Puerto Princesa, patrimônio mundial da UNESCO.
Puerto Princesa está localizado 400 quilômetros a noroeste das ilhas do sul do arquipélago, redutos do grupo Abu Sayyaf, uma organização especializada em sequestros e que jurou fidelidade ao grupo Estado Islâmico (EI).
Combatentes do Abu Sayyaf tentaram no mês passado realizar um ataque na ilha de Bohol, no centro do arquipélago, que foi frustrado pelas forças de segurança.
Abu Sayyaf sequestrou desde o sua criação na década de 1990 dezenas de estrangeiros e um maior número de filipinos. O grupo decapitou dois canadenses em 2016 e um alemão em fevereiro deste ano, após não obter o pagamento dos resgates.
As embaixadas do Canadá e da Grã-Bretanha também emitiram avisos para Palawan, bem como áreas centrais do arquipélago perto de Bohol, como Dumaguete, Siquijor e Cebu.