Cepal e Unicef pedem reforço na proteção da infância na América Latina

O intuito é reforçar os sistemas de proteção social da infância nos países da América Latina devido à sua vulnerabilidade perante os desastres naturais
Agência Brasil
Publicado em 22/05/2017 às 16:41
O intuito é reforçar os sistemas de proteção social da infância nos países da América Latina devido à sua vulnerabilidade perante os desastres naturais Foto: Foto: UNICEF/Ramos


A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) fizeram nesta segunda-feira (22) um chamado a reforçar os sistemas de proteção social da infância nos países da América Latina devido à sua vulnerabilidade perante os desastres naturais. As informações são da agência EFE.

"Os meninos e as meninas da América Latina e o Caribe, particularmente os que vivem em contextos de pobreza, são altamente vulneráveis aos desastres e experimentam os seus efeitos de forma desproporcionada e crescente", disseram a Cepal e o Unicef em uma publicação conjunta.

"A frequência de desastres na América Latina e no Caribe aumentou 3,6 vezes no meio século. Na década de 1960 houve, em média, 19 desastres por ano e na primeira década do século XXI essa média aumentou para 68 fenômenos anuais", asseguraram os dois órgãos das Nações Unidas. A maior parte dos desastres na região está relacionada a fenômenos meteorológicos e hidrológicos, como furacões, tempestades, inundações e secas.

A catástrofe com maior número de mortos na região, no entanto, foi o terremoto do Haiti, em 2010, que deixou mais de 222 mil mortos, apontou a publicação. Garantir níveis básicos de investimento e acesso a serviços como saúde, educação e moradia, entre outros, fortalece a prevenção e a capacidade de resposta e reduz a vulnerabilidade aos desastres, diz o documento.

"A proteção social constitui uma política pública fundamental para fazer frente aos desastres antes, durante e após sua ocorrência", destacaram a Cepal e Unicef.

Para a Cepal e Unicef, é crucial aumentar a coordenação entre instituições para atender os pontos vulneráveis das crianças e adolescentes perante os desastres, bem como promover a inclusão das experiências dos menores na elaboração de políticas sobre o tema.

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