As fortes chuvas geradas pela monção no Sri Lanka causaram na sexta-feira (26) inundações e deslizamentos de terra que provocaram mais de 100 mortes, anunciaram as autoridades neste sábado (27) em um novo balanço, uma vez que as equipes de emergência indianas chegaram ao país.
O Centro de Gestão de Catástrofes (DMC) afirmou que a cifra de mortos passou neste sábado para 103, aumentando o balanço oficial de sexta-feira que falava em 91 mortos. Outras 113 pessoas continuam desaparecidas.
Cerca de 230.000 habitantes foram retirados de seus lares no sul e no oeste do país, em sua maioria vítimas das fortes chuvas.
Os militares realizaram operações de busca nas zonas atingidas pelos deslizamentos de terra.
A Aeronáutica enviou cinco aviões para as operações de emergência e outros cinco para transportar insumos de urgência aos povoados bloqueados e que não têm acesso às estradas.
O ministro do Interior, Vajira Abeywardena, afirmou que as chuvas mais intensas cessaram, entretanto, há o risco de uma cheia em um rio mais abaixo. Por isso, pediu aos cidadãos que abandonem os locais das zonas baixas e se refugiem em outras mais elevadas e menos vulneráveis.
"Muitas zonas são inacessíveis porque permanecem isoladas", explicou à imprensa Abeywardena, em Colombo, na capital. "Há alguns setores que não se consegue chegar nem com helicópteros nem com barcos".
O governo distribuiu por via aérea 10.000 coletes salva-vidas para as pessoas que estão bloqueadas. Também instalou 104 abrigos de emergência nos edifícios públicos para as populações ribeirinhas evacuadas, acrescentou o ministro do Interior.
Um barco indiano chegou neste sábado a Colombo para ajuda. No navio há uma equipe médica de emergência, lanchas infláveis e medicamentos. Espera-se que outra embarcação chegue na segunda-feira.
Segundo o departamento de meteorologia, as chuvas devem diminuir, mas uma monção de baixa intensidade ainda irá se manter.
Esta monção, que chegou na quinta-feira à noite, acabou com a longa seca que ameaçava a agricultura e a produção de energia por meio de hidrelétricas no país.
Trata-se da pior inundação desde maio de 2003, quando 250 pessoas morreram e mais de 10.000 casas foram destruídas por uma monção de intensidade similar, segundo as autoridades.