O diretor de comunicações da Casa Branca, Mike Dubke, renunciou nesta terça-feira (30) ao cargo. A mudança ocorre após semanas de especulações sobre a possibilidade de mudança na estratégia comunicativa do governo, devido à investigação sobre a ingerência russa. A informação é da Agência EFE.
Reconhecido estrategista republicano, Dubke apresentou sua renúncia em 18 de maio, mas se ofereceu para continuar dirigindo as comunicações da Casa Branca até que o presidente dos EUA, Donald Trump, encerrasse sua primeira viagem ao exterior, segundo o jornal The Washington Post.
Trump voltou no sábado a Washington em um momento crucial da investigação aberta pelo Congresso e o FBI para determinar se a inteligência russa influenciou no resultado das eleições presidenciais de 2016 e se existiu coordenação com a campanha de Trump.
A Casa Branca ainda não anunciou oficialmente a renúncia de Dubke, nem qual será seu último dia no posto, ainda que meios locais afirmem que deve deixar o cargo ainda hoje.
Dubke trabalhou estreitamente com o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, que é o rosto público do governo e quem recebeu mais críticas nas últimas semanas pela pouca comunicação com os jornalistas que cobrem de maneira diária as notícias da Casa Branca.
Nos últimos dias, Trump estava avaliando a possibilidade de modificar sua equipe de comunicações e muitos esperavam que Spicer fosse demitido.
No entanto, a renúncia de Dubke pode ser uma das primeiras trocas na estratégia comunicativa da Casa Branca, que também falou em reduzir o número de entrevistas coletivas.
Dubke, que assumiu o cargo em 6 de março, teve que lidar com numerosas polêmicas, como a demissão surpreendente do já ex-diretor do FBI, James Comey. Ele era responsável pela investigação sobre os laços da campanha de Trump com a Rússia.
A equipe de imprensa da Casa Branca teve dificuldades para explicar a demissão de Comey e deu diferentes versões sobre os fatos, o que rendeu inúmeras críticas e numerosas piadas em populares programas de comédia.