Polícia mata atirador responsável por ataque a cassino nas Filipinas

Não houve vítimas fatais
AFP
Publicado em 01/06/2017 às 20:20
Não houve vítimas fatais Foto: Foto: NOEL CELIS / AFP


Um hotel-cassino em Manila, capital das Filipinas, foi alvo de tiros na madrugada desta sexta-feira (2) (horário local), em um ataque reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI), e a polícia informou ter matado o atirador responsável pelo ataque, que não deixou vítimas. O atacante "está morto". Foi abatido por nossas tropas", informou o comandante da polícia nacional, Ronald dela Rosa, à emissora de TV GMA.

Logo após a confirmação do ataque por parte do operador desse complexo turístico, o grupo extremista Estado Islâmico (EI) assumiu a autoria da ação. "O Resorts World Manila está interditado, depois de informes de disparos [efetuados] por homens não identificados", relatou a empresa, mais cedo, em sua conta no Twitter. "A companhia está trabalhando estreitamente com a Polícia nacional para garantir que todos os clientes e funcionários estejam a salvo", acrescentou.

Em uma nota, o EI informou que os autores do ataque eram soldados do grupo, segundo o SITE, uma página on-line que monitora as atividades de extremistas. A Polícia confirmou os tiros no Resorts World, que fica em frente a um dos terminais do aeroporto internacional de Manila. "Não houve ninguém atingido. Não há reféns", declarou anteriormente dela Rosa à DZMM radio.

O comandante da polícia relatou que um homem, que aparentemente agiu sozinho, caminhou para uma das áreas do cassino e disparou com um rifle M4 contra uma tela de televisão, jogou gasolina na mesa de apostas e ateou fogo. O agressor voltou a tirar, desta vez contra um local onde as fichas de jogo eram guardadas, e encheu uma mochila com várias delas. O homem então deixou esse espaço e seguiu para a seção do hotel, continuou Dela Rosa.

Atirador fugiu

Imagens exibidas nas emissoras locais mostraram pessoas correndo no Reasorts World. O complexo foi cercado pela Polícia, depois das informações sobre os tiros pouco após a meia-noite. "Ia voltar para o segundo andar, quando vi gente correndo. Alguns hóspedes do hotel disseram que alguém havia gritado 'Isis' (Estado Islâmico)", contou à rádio DZMM Maricel Navarro, que trabalha no complexo. "Os hóspedes gritavam. Fomos para o porão e nos escondemos. As pessoas gritavam, os clientes e os funcionários estavam aterrorizados", acrescentou Navarro. "Quando sentimos cheiro de fumaça, decidimos ir para a saída, no estacionamento. De lá conseguimos sair, mas, antes de sair, ouvimos dois disparos, e tinha muita fumaça no térreo", completou.

O presidente americano, Donald Trump, manifestou sua "tristeza" e suas condolências pelas vítimas do que classificou como ataque "terrorista". "É realmente muito triste o que está acontecendo em todo o mundo com o terrorismo. Nossos pensamentos e orações estão com os afetados", lamentou Trump, na Casa Branca, antes de anunciar a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris sobre o clima.

Na semana passada, o presidente filipino, Rodrigo Duterte, impôs lei marcial em toda Mindanao (sul) para acabar com o que ele chamou de ameaça crescente do Estado Islâmico na região. A declaração da lei marcial ocorreu logo após militantes realizarem atos de violência na cidade de Marawi (sul), que fica a 800 km de Manila. Forças de segurança ainda estão combatendo os militantes em Marawi. Esses confrontos já deixaram pelo menos 171 mortos. Vivem nessa região cerca de 20% dos mais de 100 milhões de habitantes do arquipélago. Por ocasião desse anúncio, Duterte alertou que pode vir a estender a lei marcial para o restante do país, se a ameaça terrorista se espalhar.

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