O atentado de Londres que deixou sete mortos foi reivindicado nesta segunda-feira (5) pelo grupo Estado Islâmico, 24 horas depois de três homens atropelarem pedestres na London Bridge, antes de abandonar o veículo e começar a esfaquear pessoas em uma área de bares.
Esse atentado, onde também morreram os três agressores, acontece menos de duas semanas depois do ataque de Manchester, na saída do show de Ariana Grande, em que 22 pessoas morreram.
Os três agressores foram abatidos pela polícia no local do ataque.
Veja o que se sabe até agora sobre o ataque.
A polícia recebeu alertas de que um veículo havia atropelado transeuntes na (ponte) London Bridge às 22H08 do horário local (21H08 GMT, 18H08 horário de Brasília).
Os avisos de emergência se multiplicaram e pouco depois a polícia confirmou que estava respondendo às informações de que pessoas tinham sido agredidas a faca no Borough Market, o conhecido centro que fica próximo à ponte.
A polícia reagiu rapidamente, e os agentes enfrentaram os suspeitos, que foram abatidos.
A morte dos suspeitos aconteceu oito minutos depois de a polícia receber o aviso do ataque, informou a instituição, acrescentando que os suspeitos carregavam algo parecido a um cinto de explosivos, que depois se revelaram falsos.
A polícia informou que há sete mortos e fontes médicas informaram que 21 dos 48 feridos hospitalizados pelo atentado se encontram em estado grave e 12 já receberam alta.
Entre os feridos há um policial de Londres, que foi um dos primeiros agentes a chegar ao local.
Outro policial que não estava em serviço também foi ferido.
Entre os sete mortos há um canadense, revelou o primeiro-ministro Justin Trudeau, e um francês, informou posteriormente o ministro das Relações Exteriores da França, Jean Yves Le Drian, acrescentando que outro cidadão francês continua "desaparecido".
Entre os feridos estão um espanhol, com ferimentos leves, sete franceses, dois alemães e um australiano.
A agência de propaganda da organização extremista Amaq disse que o ataque foi cometido por um "destacamento de combatentes do Estado Islâmico" (EI), em um comunicado divulgado neste domingo.
Agentes da unidade antiterrorista da polícia metropolitana detiveram "12 pessoas no bairro de Barking, no leste de Londres, em conexão com os incidentes da noite passada na London Bridge e na zona do Borough Market", anunciou a polícia em comunicado.
London Bridge é a ponte por onde passa uma das principais artérias que leva ao centro da "City" das finanças da capital britânica.
Borough Market, no sul da ponte, é uma área animada de bares e restaurantes que na noite de sábado, estava cheia de gente.
O local está próximo ao conhecido arranha-céu The Shard, o edifício mais alto do Reino Unido, com seus 309 metros.
A zona do ataque fica perto da estação London Bridge, um ponto importante da rede de transportes do metrô de Londres.
A van bateu contra as grades da Southwark Cathedral.
As autoridades estão em alerta depois dos atentados recentes. Imediatamente muitos agentes armados e ambulâncias se deslocaram para o local.
A estação de London Bridge foi fechada, e a polícia isolou a área.
Os ataques foram declarados "incidentes terroristas" às 23H25 GMT de sábado (20H25 no Brasil).
As fotos do local mostram pessoas deixando o local com as mãos ao alto, acompanhadas pela polícia.
As autoridades britânicas e os líderes mundiais reagiram com indignação, condenando o ataque e com palavras de solidariedade.
A primeira-ministra britânica Theresa May liderou neste domingo o comitê de emergência "Cobra" para responder a ataques que classificou de "espantosos".
Ao fim da reunião, May disse que o país enfrenta "uma nova forma de ameaça" em que os autores dos atentados "copiam uns aos outros" e se inspiram na "malvada ideologia do extremismo islamita".
Essas declarações foram feitas antes da reivindicação do grupo.