O papa Francisco rebaixou ao estado laical, a pior condenação dentro da Igreja Católica, o padre italiano Mauro Inzoli, pedófilo condenado e apelidado de "Don Mercedes" por sua paixão por carros de luxo - informou sua diocese nesta quarta-feira (28).
"Fomos informados pela Congregação para a Doutrina da Fé sobre a decisão tomada pelo papa Francisco de retirar definitivamente o estado clerical de Mauro Inzoli", anunciou a diocese de Crema, no norte da Itália, perto de Milão.
Inzoli, que liderou por 30 anos o movimento católico Comunhão e Libertação (CL) na província de Cremona, foi condenado por um tribunal italiano em junho de 2016 a quatro anos e nove meses de prisão por abusar sexualmente de cinco jovens com idades entre 12 e 16 anos.
A Promotoria havia pedido seis anos de prisão para o réu, mas o padre optou por um procedimento legal curto, que prevê uma redução da pena e pagamento de uma indenização de 25.000 euros para cada uma de suas vítimas.
Inzoli já havia sido rebaixado ao estado laical pelo papa Bento XVI. Depois de um recurso, porém, Francisco mudou sua condenação, ordenando-lhe a levar "uma vida de oração e humilde discrição como um sinal de conversão e de penitência".
Sem especificar as razões, o papa Francisco decidiu rebaixar Inzoli ao estado laical, razão pela qual não poderá exercer as funções de um sacerdote, embora não tenha sido excomungado, recordou o bispo.