Começa em Astana a quinta rodada de negociações sobre a Síria

As negociações estão sendo mediadas pela Rússia, Irã e Turquia
AFP
Publicado em 04/07/2017 às 8:04
As negociações estão sendo mediadas pela Rússia, Irã e Turquia Foto: Foto: HASSAN JARRAH / AFP


A quinta rodada de negociações sobre a Síria começou nesta terça-feira (4) em Astana, com mediação da Rússia, Irã e Turquia, para estudar a criação de "zonas de desescalada" no país devastado pela guerra.

A agência de notícias russa TASS informou que os três países mediadores participam em uma reunião na capital do Cazaquistão para examinar a forma de instaurar as zonas de segurança.

Após as conversações entre as três partes devem acontecer uma série de consultas bilaterais, de acordo com a agência. Uma sessão plenária deve encerrar o encontro na quarta-feira (5).

Anuar Zhainakov, porta-voz do ministério das Relações Exteriores do Cazaquistão, confirmou à AFP que as delegações do regime sírio e dos rebeldes também estão na cidade de Astana.

RODADA

Na rodada anterior de negociações, em maio, Rússia e Irã, aliados do presidente sírio Bashar al-Assad, e Turquia, que apoia os rebeldes, aprovaram um plano para criar zonas de segurança e instaurar uma trégua duradoura em várias regiões.

Desde então, os combates diminuíram em vários pontos do país.

Mas a nova rodada de negociações, inicialmente prevista para junho, foi adiada enquanto os três países mediadores tentavam determinar uma maneira de estabelecer as zonas de desescalada na Síria e reforçar o cessar-fogo.

Na segunda-feira (3), o exército sírio anunciou uma trégua unilateral de 2 a 6 de julho nas províncias de Deraa, Quneitra e Sueida, no sul do país, cenário de violentos combates recentemente.

Esta região é uma das quatro zonas de desescalada previstas, ao lado das províncias de Idleb (noroeste), parte da província de Homs (centro) e Ghuta, região controlada pela oposição perto de Damasco.

As conversações de Astana precedem a sétima rodada de negociações políticas, que deve ser organizada pela ONU em 10 de julho em Genebra. O conflito sírio deixou mais de 320.000 mortos em seis anos.

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