Apesar das recentes ameaças dos Estados Unidos, a Coreia do Norte afirmou que o plano de lançar mísseis no território de Guam, que é administrado por Washington, continua em vigor e será executado até o meio de agosto. A declaração foi feita pelo general do Exército norte-coreano, Kim Rak Gyom, que comanda as forças estratégicas do regime de Kim Jong-un.
"Nossas forças estratégicas estão bastante determinados a demonstrar, sem receios, a todo o mundo o nosso poder, que foi fortalecido pelas forças armadas nucleares, por meio de ações militares contra as bases agressoras do império Yankee", disse o general norte-coreano. Em uma declaração emitida na manhã desta quinta-feira (horário local), ele comentou que os mísseis a serem lançados sobrevoarão Shimane, Hiroshima e Kochi, no Japão, durante cerca de 17 minutos e chegaram a zonas marítimas nas proximidades de Guam.
Na quarta-feira, o secretário de Defesa dos EUA, James Mattis, respondeu às ameaças anteriores de Pyongyang, dizendo que Kim Jong-un deveria atender à "voz única" do Conselho de Segurança das Nações Unidas e que o regime norte-coreano sairia perdendo em qualquer conflito que iniciasse. Na tarde de terça-feira, o presidente americano, Donald Trump, interrompeu seu período de férias para dizer que a Coreia do Norte enfrentaria "fogo e fúria jamais vistos no mundo" caso continuasse a ameaçar Washington.
A fala de Trump também foi comentada pelo general Gyom. Segundo ele, o presidente americano "não entendeu o rumo da situação atual, e está nos incitando ainda mais a atirar os nossos [mísseis] Hwasong. Ele não traduziu nossa declaração. Chegamos à conclusão de que é impossível fazer um diálogo com quem é desprovido de razão. Temos que tratá-lo com força absoluta", disse. De acordo com o general, a Coreia do Norte segue observando as palavras ditas por representantes dos EUA.