A polícia da comunidade autônoma da Catalunha, na Espanha, deteve nesta sexta-feira (18) uma terceira pessoa em Ripoll, na província de Girona, por suposta vinculação com os atentados terroristas em Barcelona e Cambrils. A informação é da Agência EFE.
As forças de segurança confirmaram que a terceira detenção foi feita como parte do dispositivo iniciado ontem após os atentados, que causaram a morte de 13 pessoas e feriram mais de 100 no Boulevard de La Rambla, em Barcelona.
Durante a madrugada, a polícia da Catalunha também matou cinco terroristas que protagonizaram outro atropelamento em massa no Passeio Marítimo de Cambrils, uma cidade litorânea de Tarragona, ao sul de Barcelona, que deixou seis feridos.
A polícia catalã deteve, até o momento, três pessoas por suposta vinculação com esses atentados, que também estariam relacionadas com a explosão em uma residência na localidade de Alcanar (Tarragona) na noite de quarta-feira, dia 16, na qual uma pessoa morreu e outra ficou ferida.
De acordo com o chefe da polícia da Catalunha, Josep Lluís Trapero, os inquilinos da casa preparavam explosivos em seu interior com cilindros de gás butano.
Um dos detidos, que é natural da cidade espanhola de Melilla, no Norte da África, tem relação direta com essa explosão.
O segundo detido, localizado em Ripoll, seria a pessoa que supostamente alugou a van utilizada no atropelamento em Barcelona.
As forças de segurança da Espanha estão à procura de Moussa Oukabir, irmão mais novo de um dos detidos pelo atentado no Boulevard de La Rambla, em Barcelona. Ele foi identificado como o suposto autor do ataque dessa quinta-feira (17), que deixou 13 mortos e 100 feridos. A informação é da Agência EFE.
Ao serem questionadas pela Agência EFE, fontes policiais insistiram na hipótese de que Oukabir foi quem avançou com o veículo contra os pedestres que estavam no boulevard em Barcelona.
A polícia da comunidade autônoma da Catalunha prendeu ontem Driss Oukabir, irmão mais velho do procurado e cujos dados correspondiam ao da pessoa que alugou a van branca em um povoado da província de Barcelona.
Os investigadores tentam determinar se Driss teve algum tipo de participação ou se sua documentação foi utilizada pelo irmão.
Moussa Oukabir tinha até ontem um perfil aberto no Facebook, que depois foi fechado pela rede social, no qual afirmava que nasceu em Ibiza, vivia em Ripoll (Girona), estudava na Universidade de Barcelona e trabalhava para a Coca-Cola. Essas informações, no entanto, com exceção de seu local de residência, podem ter sido inventadas.
De acordo com o perfil no Facebook, Moussa esteve recentemente em Barcelona, Ibiza e Yecla (Murcia), e também no Brasil.
Entre as preferências do suposto autor do atentado na rede social apareciam multinacionais como Starbucks, Nike e Coca-Cola.
Moussa Oukabir também tinha uma conta no aplicativo de perguntas e respostas Kiwi, com o nome de usuário @moussastreetboy, mas suas últimas informações são de dois anos atrás.
Nesse aplicativo, um dos usuários lhe perguntou: "Em seu primeiro dia como rainha/rei absoluto do mundo, o que faria?", e o jovem respondeu: "Matar os infiéis e só poupar os muçulmanos que seguem a religião".