A coalizão antiextremista liderada por Washington executou um bombardeio aéreo para impedir que um comboio de combatentes do grupo Estado Islâmico (EI), que havia deixado o Líbano, chegasse ao leste da Síria, perto da fronteira com o Iraque.
"Para impedir que o comboio seguisse mais ao leste, criamos uma cratera e destruímos uma pequena ponte", afirmou o coronel Ryan Dillon, que citou um "bombardeio aéreo", mas sem revelar o ponto geográfico do ataque.
No fim de semana, os combatentes do EI foram expulsos da fronteira entre Síria e Líbano após um acordo com o Hezbollah libanês, que prometeu que eles seriam levados de ônibus para a cidade de Bukamal, em Deir Ezzor, a última fronteira síria sob controle dos "jihadistas".
"O EI é uma ameaça mundial, deslocar terroristas de um local a outro (...) não é uma solução duradoura", alegou o coronel Dillon.
"A coalizão vigia a movimentação do comboio em tempo real. Segundo as leis que regem os conflitos armados, a coalizão atuará contra o EI no momento e no local em que for possível", completou.
O acordo sobre a retirada dos extremistas do Líbano provocou indignação no Iraque e críticas dos Estados Unidos.
"Os terroristas do EI devem ser mortos no campo de batalha, e não (retirados) de ônibus através da Síria, até a fronteira iraquiana sem o consentimento do Iraque", afirmou o enviado do governo americano para a coalizão anti-EI, Brett McGurk.
O acordo foi negociado entre o grupo EI e o Hezbollah, grande inimigo dos Estados Unidos, que classificam a organização como "terrorista".