Um ex-assessor de Donald Trump durante a campanha eleitoral à Casa Branca, Carter Page, admitiu que se reuniu com funcionários do governo russo em Moscou em julho de 2016, ao contrário que havia declarado até agora sobre as viagens.
Page, que assessorava o candidato republicano sobre política externa, compareceu na quinta-feira à Comissão de Inteligência da Câmara de Representantes, após a aceleração da investigação sobre a interferência russa na última eleição presidencial nos Estados Unidos.
O procurador especial Robert Mueller, que coordena a investigação federal, acusou na segunda-feira três integrantes da equipe de campanha de Trump.
Interrogado pelos congressistas americanos, Page reconheceu que as reuniões aconteceram. Durante a audiência também foi lida uma mensagem eletrônica enviado após sua viagem a pelo menos um membro da equipe de campanha do futuro presidente, na qual descrevia os encontros, informa o jornal The New York Times.
O ex-assessor confirmou à CNN que, em Moscou, falou com com o vice-primeiro-ministro russo, Arkadi Dvorkovitch. De acordo com o New York Times, ele minimizou as reuniões e afirmou que foram apenas "breves saudações a duas ou três pessoas".
Page também reconheceu que advertiu Jeff Sessions, então senador e assessor do candidato Trump e hoje secretário de Justiça, sobre a viagem à Rússia.
Trump nomeou Page como assessor em março de 2016. Mas alguns meses depois foi vetado pela equipe do republicano, aparentemente por causa de suas viagens a Moscou - para assuntos privados, segundo ele -, que começavam a chamar a atenção.
A Casa Branca minimizou no passado os vínculos de Page com a equipe de campanha de Trump.