O exame médico ao qual o presidente Donald Trump se submeterá no próximo final de semana não compreenderá uma revisão psiquiátrica, afirmou nesta segunda-feira (8) a Casa Branca, no momento em que muitos duvidam da saúde mental do máximo líder dos Estados Unidos.
"Não", se limitou a responder Hogan Gidley, porta-voz do Executivo a bordo do Air Force One. Trump "está reluzente como um raio".
Aos 71 anos, o presidente dos EUA será examinado na sexta-feira, no hospital militar Walter Reed, na periferia de Washington, e os resultados serão divulgados publicamente, assinalou a Casa Branca.
Na quinta-feira passada, a rede de televisão CNN revelou que em dezembro um grupo de legisladores americanos consultou uma professora de psiquiatria da Universidade de Yale sobre a saúde mental de Trump.
"Os legisladores disseram que estavam preocupados sobre o risco que representava o presidente, o risco que representava sua instabilidade mental para o país", disse à CNN a professora Brady Lee, editora do livro "O Perigoso Caso de Donald Trump", uma série de ensaios de psiquiatras que analisam o estado psicológico do presidente dos Estados Unidos.
Segundo Lee, no grupo de legisladores havia um senador republicano, cuja identidade não revelou.
Na Câmara de Representantes, 57 legisladores democratas - 30% do total - redigiram um projeto de lei para a criação de uma comissão parlamentar especial sobre "a incapacidade presidencial", visando "determinar se o presidente esta psicologicamente ou fisicamente capacitado para cumprir suas funções".
A Constituição americana prevê duas formas de se substituir um presidente: um impeachment no Congresso ou pela 25ª emenda, que permite o vice-presidente e a metade do gabinete declarar que o presidente é "incapaz de exercer o poder e cumprir com os deveres do cargo".
Caso o presidente conteste a decisão baseada na 25ª emenda, corresponde ao Congresso confirmá-la com ao menos dois terços dos votos.