O presidente americano, Donald Trump, insistiu neste domingo (14) que não é racista, depois da onda de indignação causada por suas declarações sobre a imigração de cidadãos de "países de merda".
"Não sou racista. Sou a pessoa menos racista que vocês já entrevistaram. Isso eu posso afirmar para vocês", disse o presidente aos jornalistas reunidos no Trump International Golf Club de West Palm Beach, na Flórida, onde jantava com o líder da bancada republicana da Câmara de Representantes, Kevin McCarthy.
Na quinta-feira passada, durante uma reunião na Casa Branca com congressistas republicanos e democratas sobre a reforma migratória, o presidente teria chamado países africanos, Haiti e El Salvador de "países de merda".
Na sexta, Trump se defendeu e negou, no Twitter, ter-se referido dessa forma - conforme noticiado pelos jornais "The Washington Post" e "The New York Times" - a esses países. Um senador do Partido Democrata que participou do encontro confirmou, porém, as declarações do presidente.
Na Flórida, o presidente também se referiu aos esforços para chegar a um acordo sobre a reforma migratória.
"Estamos prontos, dispostos e em condições de chegar a um acordo sobre o DACA", disse Trump, referindo-se ao programa Ação Diferida para os Chegados na Infância, que protege os imigrantes que chegaram em condição ilegal aos Estados Unidos quando ainda eram crianças.
"Não acredito que os democratas queiram chegar a um acordo. Os beneficiários do DACA deveriam saber que os democratas são os que não vão chegar a um acordo", alfinetou.
Segundo ele, os congressistas democratas "não querem segurança na fronteira".
"Tem gente entrando aos montes. Não querem deter as drogas e querem tirar dinheiro dos nossos militares, algo que não podemos fazer", acrescentou.