O Parlamento israelense anunciou nesta quarta-feira (26) a aprovação de uma lei que permite aos agricultores exportar cannabis para uso médico, o que vai gerar receitas significativas ao Estado.
Esta lei, aprovada na véspera, permite o cultivo de maconha para fins terapêuticos, desde que com permissão do Ministério da Saúde, da Polícia e da Autoridade de Controle dos produtores.
A exportação de maconha para fins médicos pode gerar uma receita de um bilhão de shequels (234 milhões de euros) ao ano a Israel, segundo estimativas do Parlamento.
Yoav Kisch, deputado do Likud (direita conservadora), o partido do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que redigiu a lei, destacou o "enorme potencial econômico" para o Estado e os agricultores, e qualificou a maconha medicinal de um "produto bendito que mitiga o sofrimento dos doentes".
Oito empresas cultivam atualmente maconha para fins terapêuticos em Israel, mas muitas mais estão esperando a autorização oficial para fazê-lo, destacou o Parlamento em um comunicado.
Em 2016, o governo israelense aprovou este projeto de lei a favor da legalização das exportações.
O uso recreativo da maconha é proibido em Israel, mas em 2017 foi aprovado um projeto de lei que descriminaliza parcialmente o consumo a favor de um sistema de multas.
Por outro lado, o uso com fins terapêuticos é legalizado e até se recomenda por um período de dez anos.
Os produtores israelenses começariam a exportar em seis meses, segundo a iCAN, empresa com sede em Israel, que promove tecnologias para o cultivo da maconha medicinal.
Saul Kaye, gerente da iCAN, saudou o que chamou de uma "decisão bem-vinda".
Até agora, vinte países legalizaram o uso da maconha com fins médicos.