Dez capacetes azuis mortos e 25 feridos em ataque em Mali

O ataque se deu 'em reação à visita do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, a Chade', segundo o grupo jihadista Al-Qaeda no Magrebe Islâmico (AQMI)
AFP
Publicado em 20/01/2019 às 19:12
O ataque se deu 'em reação à visita do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, a Chade', segundo o grupo jihadista Al-Qaeda no Magrebe Islâmico (AQMI) Foto: Foto: AFP


Um ataque jihadista contra um acampamento da ONU no norte de Mali deixou 10 capacetes azuis chadianos mortos e ao menos 25 feridos, disse o secretário-geral da organização, António Guterres.

O chefe da ONU condenou o que descreveu como um "ataque complexo" contra o acampamento da missão de paz em Aguelhok, perto de Kidal.

"Os capacetes azuis do Chade morreram e ao menos 25 ficaram feridos", disse em um comunicado o porta-voz das Nações Unidas, Stephane Dujarric. 

O grupo jihadista Al-Qaeda no Magrebe Islâmico (AQMI) reivindicou o ataque, e afirmou que este foi feito "em reação à visita do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, a Chade" no domingo, indicou a agência de notícias mauritana Al Akbar.

Os autores do ataque atingiram na primeira hora do domingo a base de Aguelhok, 200 quilômetros ao norte de Kidal e perto da fronteira com a Argélia, segundo uma fonte próxima à missão da ONU em Mali, a Minusma. 

"As forças da Minusma responderam com vigor e vários agressores foram abatidos", disse Dujarric. 

"Vil e criminoso"

O representante do secretário-geral da ONU em Mali, Mahamat Saleh Annadif, condenou "o ataque vil e criminoso contra os capacetes azuis".

Este ataque "ilustra a determinação dos terroristas de semear o caos, e isto exige uma resposta contundente, imediata e acordada de todas as forças para aniquilar a ameaça do terrorismo na região do Sahel", declarou Annadif.

O país africano acolhe cerca de 13.000 capacetes azuis no âmbito dessa missão, que começou depois de que milícias islamitas se apossaram do norte do país em 2012. 

Os jihadistas foram expulsos da zona que controlavam por tropas francesas em 2013. 

Em 2015, o governo de Bamako e grupos armados da região assinaram um acordo de paz para restaurar a estabilidade em Mali. Mas isso não foi capaz de colocar fim à violência dos jihadistas, que também realizaram atentados nos vizinhos Níger e Burkina Faso. 

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