Donald Trump assinou seu primeiro veto na Presidência nesta sexta-feira (15), barrando uma resolução do Congresso para proteger fundos de emergência para construir seu muro na fronteira entre EUA e México.
"O Congresso tem a liberdade de aprovar essa resolução, e eu tenho o dever de vetá-la", declarou Trump no Salão Oval, depois de o Senado, onde seu Partido Republicano detém a maioria, votar contra ele.
Trump se disse "orgulhoso" do veto, que exibiu depois de assinar.
"As maciças incursões de imigrantes ilegais (...) têm que acabar", disse. "As pessoas odeiam a palavra invasão, mas isso é o que é", acrescentou o presidente para justificar sua ação.
O Congresso ainda pode votar para derrubar o veto, mas para isso precisa de maioria de dois terços nas duas Câmaras.
A decisão do Senado de rejeitar o uso que fez do procedimento de declaração de emergência nacional para conseguir os recursos para construir o muro representou um duro revés para Trump, já que a resolução avançou porque 12 republicanos desertaram e votaram alinhados aos democratas.
No Senado, os republicanos têm maioria de 53 votos contra 47 para os democratas, mas nos últimos dias esta diferença diminuiu e na quarta-feria a Câmara alta aprovou por 54 votos a favor e 46 contra um texto para pôr fim ao apoio que o governo americano dá às operações lideradas pela Arábia Saudita no Iêmen.
Trump tentou pressionar os republicanos - com tuítes inclusive - diante da perspectiva de uma debandada de seu próprio partido.
A luta pelo financiamento do muro se prolongou por meses e em uma primeira tentativa de obter os recursos, Trump manteve o governo em paralisia orçamentária durante mais de um mês, no que marcou a maior crise de financiamento da história dos Estados Unidos.
Os opositores acusam Trump de abuso de autoridade e de exagerar o problema na fronteira pelo que provavelmente a luta pela declaração de emergência se deslocará para os tribunais.