Chefe de gabinete de Guaidó é detido na Venezuela, denuncia oposição

Roberto Marrero, reconhecido como presidente interino da Venezuela por mais de 50 países, foi dfetido por agentes da inteligência venezuelana
AFP
Publicado em 21/03/2019 às 10:06
Roberto Marrero, reconhecido como presidente interino da Venezuela por mais de 50 países, foi dfetido por agentes da inteligência venezuelana Foto: Foto: Federico Parra / AFP


Agentes de inteligência detiveram nesta quinta-feira Roberto Marrero, chefe de gabinete de Juan Guaidó, reconhecido como presidente interino da Venezuela por mais de 50 países, denunciaram líderes opositores.

"Sequestraram @ROBERTOMARRERO, chefe de meu gabinete. Ele denunciou em voz alta que eles plantaram (em sua casa) dois fuzis e uma granada", escreveu Guaidó no Twitter, ao mesmo tempo que exigiu a libertação "imediata" do político.

Marrero foi detido durante a madrugada por agentes do Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin) após operações em sua residência e na casa do deputado opositor Sergio Vergara, que mora próximo, no bairro de Las Mercedes.

Guaidó, presidente do Parlamento de maioria opositora, informou que o procedimento começou às 2H00 locais (3H00 de Brasília) e não conhece o paradeiro de seu colaborador.

Quando foi levado preso, "gritou que haviam plantado dois fuzis e uma granada. Eles (os funcionários do Sebin) mandaram que ficasse calado e eu disse que ele tinha que ter muita força", declarou Vergara aos jornalistas.

O parlamentar contou que durante a operação 15 agentes o colocaram de rosto para baixo e "violaram" sua casa, enquanto perguntavam sobre a localização de Marrero, um advogado que trabalhou na Assembleia Nacional (Parlamento).

Durante a ação, que durou quase duas horas, estavam presentes dois promotores.

"Eles começaram a bater na casa de Roberto Marrero, que fica a poucos metros da minha porta, até que conseguiram entrar", disse. Um motorista que trabalha para o Legislativo também foi detido.

"A ditadura segue sequestrando os cidadãos", afirmou Vergara.

Em janeiro, o governo do presidente Nicolás Maduro divulgou um vídeo de um suposto encontro secreto entre o poderoso dirigente governista Diosdado Cabello, Guaidó e Marrero.

Depois de negar inicialmente o encontro, o presidente da Assembleia minimizou sua importância.

De acordo com a ONG Foro Penal, a Venezuela tem 866 presos por motivos políticos, sendo 91 militares e 775 civis.

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