As ruas de cidades venezuelanas foram tomadas, desde o início da manhã deste sábado (6), por manifestantes a favor do presidente Nicolás Maduro e por protestos da oposição. Em Caracas, o movimento partiu de três pontos diferentes até chegar ao Palácio de Miraflores, sede do governo.
O manifesto de apoio a Maduro foi convocado pelo Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV). Chavistas defendem paz e o restabelecimento do sistema elétrico que, segundo eles, é vítima de “ataques bestiais do imperialismo ". A Venezuela tem enfrentado uma crise energética há quase um mês, e a situação vem se agravando com o aumento da frequência de apagões e problemas no abastecimento de água.
Em sua conta no Twitter, no fim da manhã, Maduro, que deve falar neste sábado à população, fez um apelo para que mais pessoas se juntassem ao grupo. “Vamos todos encher com alegria e colorido popular as ruas de Caracas para ratificar o caráter antiimperialista da Venezuela. Juntos, em permanente mobilização, continuemos a defender a paz e a independência nacional. Não há mais interferência!”, afirmou.
Manifestações da oposição também ocuparam as ruas da capital. Os protestos ocorreram em diferentes pontos do país, em um movimento pela transparência, liberdade e fim da “usurpação” do poder. No Twitter, Juan Guaidó, autodeclarado presidente da Venezuela e presidente da Assembleia Nacional, destacou que a agenda de protestos incluiria mais de 300 pontos do país, numa Operação da Liberdade “para conseguir a cessação definitiva da usurpação”.
Guaidó teve a imunidade parlamentar suspensa pela Assembleia Nacional Constituinte, ligada ao governo de Nicolás Maduro.