O ministro de Relações Exteriores do Irã, Javad Zarif, disse que o seu país e seus aliados não vão permitir a interrupção das hostilidades na Síria para abrir caminho para que os opositores do regime Assad se "reagrupem".
Na semana passada, potências internacionais chegaram a um acordo em Munique para, supostamente, permitir um cessar-fogo na Síria nos próximos dias. O acordo abre uma exceção para o combate contra terroristas definidos pela Organização das Nações Unidas (ONU), incluindo o Estado Islâmico e o grupo ligado a Al-Qaeda, Frente al-Nusra.
O acordo veio na esteira dos avanços das forças do regime de Assad, apoiadas pela campanha aérea da Rússia, que tem o apoio do Irã.
A situação nos arredores de Alepo é complexa, e o al-Nusra está operando na região.
"O que nós concordamos em Munique foi a suspensão das hostilidades, e não em uma pausa para permitir que aliados de certos agentes regionais se reagrupem", disse Zarif ao ser perguntando em uma coletiva de imprensa em Bruxelas se o Irã pressionaria seus aliados a recuarem em Alepo.
Países ocidentais acusaram a Rússia de mirar em grupos armados ligados a oposição moderana em vez de se concentrar no Estado Islâmico, em uma tentativa de virar o jogo em uma guerra civil de cinco, em favor do presidente Bashar al-Assad, o que Moscou nega.
O Irã tem fornecido apoio militar ao regime de Assad nos últimos anos, enviando suas próprias tropas. Fonte: Dow Jones Newswires.