Empresa de Santa Catarina é um dos principais alvos da nova fase da Lava Jato

Grande volume de dinheiro foi encontrado e apreendido nesta empresa. A PF ainda não sabe qual é o valor
Da Folhapress
Publicado em 05/02/2015 às 11:05
Grande volume de dinheiro foi encontrado e apreendido nesta empresa. A PF ainda não sabe qual é o valor. Foto: Foto: Reprodução/Internet


Um dos principais alvos da nona fase da Operação Lava Jato, deflagrada nesta quinta (5), é a empresa Arxo, sediada em Piçarras, no litoral norte de Santa Catarina, que prestava serviços à BR Distribuidora. Ela produz tanques de combustível.

Dois de seus executivos foram presos temporariamente, sob suspeita de pagamento de propina à estatal. Há outro no exterior, mas deve voltar hoje ao Brasil. O nome dos executivos não foi revelado. Eles deverão ser levados ainda hoje para Curitiba.

Um grande volume de dinheiro foi encontrado e apreendido nesta empresa. A PF ainda não sabe qual é o valor.

No final do ano passado, a Arxo fechou um contrato no valor de R$ 85 milhões para produzir 80 CTAs (Caminhões Tanques de Abastecimento de Aeronaves) com o objetivo de equipar e renovar a frota da Petrobras Distribuidora.

NOVA FASE

Essa nona fase da Operação Lava Jato tem como foco o pagamento de propinas na diretoria de Serviços da Petrobras e na BR Distribuidora.

Segundo a PF, 11 novos operadores, que intermediavam o pagamento de propina a agentes públicos das estatais, foram identificados. São 25 empresas envolvidas, sediadas em São Paulo, Bahia, Santa Catarina e Rio de Janeiro, a maioria de fachada, de acordo com as investigações.

"São pessoas que têm muita ligação com agentes públicos", declarou o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, que participa das investigações. Ele não quis dizer quais são os agentes envolvidos.

Essas empresas de fachada mantinham contratos envolvendo a diretoria de Serviços, comandada pelo ex-diretor Renato Duque, que já foi preso durante a Lava Jato. Nesta nona fase, não há mandados contra ele.

O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, é um dos operadores investigados. Ele foi conduzido coercitivamente à PF para esclarecer o "pedido de doações legais e ilegais envolvendo pessoas que não tinham contrato com a Petrobras", segundo o delegado federal Igor Romário de Paula.

OUTRO NÚCLEO

Um outro núcleo da operação envolve a empresa de Santa Catarina.

Um dos operadores do esquema, que vive no Rio de Janeiro, teve a prisão preventiva decretada. Esse operador, cujo nome não foi revelado, é o elo entre os dois núcleos da nona fase: operava tanto na diretoria de Serviços quanto na BR Distribuidora. Até as 10h de hoje, ele ainda não havia sido detido.

Chamada de "My Way", a operação foi embasada em colaborações de um ex-funcionário de uma empresa envolvida e do ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco, que trabalhava com o diretor Renato Duque. Barusco se referia ao então chefe como "My Way", título de uma canção de Frank Sinatra.

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