Aécio foca redução da maioridade penal

Aécio Neves focou na defesa da redução da maioridade penal de 18 para 16 anos de idade
Giovanna Torreão
Publicado em 16/09/2014 às 10:17
Aécio Neves focou na defesa da redução da maioridade penal de 18 para 16 anos de idade Foto: Foto: VANDERLEI ALMEIDA / AFP


Enquanto Dilma Rousseff e Marina Silva elencaram propostas distintas para tratar no horário eleitoral gratuito transmitido na manhã desta terça-feira pelas emissoras de rádio, Aécio Neves focou na defesa da redução da maioridade penal de 18 para 16 anos de idade. Ao afirmar que o atual governo não toma para si as responsabilidades em relação à segurança pública, o candidato do PSDB explicou o projeto de lei que tramita no Congresso, apresentado pelo vice de sua chapa, senador Aloysio Nunes. "Vamos reformar o Código Penal", disse Aécio, sobre a redução da maioridade penal.

No programa, Aloysio usou como exemplo o caso de um jovem de 17 anos que matou a namorada, filmou o crime e postou na internet. Segundo ele, o jovem ficará no máximo três anos em instituição socioeducativa. "No caso dos crimes hediondos, queremos que, a partir dos 16 anos, o jovem seja julgado como adulto", disse o senador.

A propaganda de Aécio novamente associou Marina Silva ao PT de forma negativa. Um locutor afirmou que ela foi fundadora do partido, ministra do governo Lula, lembrou que ela continuou no cargo durante a crise do mensalão e disse que ela está no PSB, partido que recentemente deixou a base aliada do governo.

A candidata do PT, Dilma Rousseff, por sua vez, usou o tempo de rádio para falar de educação, saúde e internet banda larga. A atual presidente disse que a prioridade é a educação, com foco no ensino básico. Um locutor apresentou dados do governo do PT nessa área. "Dilma e Lula criaram 18 universidades federais e 422 escolas técnicas, mais que os governos anteriores somados", disse.

Na saúde, o programa Mais Médicos foi usado como exemplo de sucesso. Para o próximo mandato, a candidata prometeu implantar o Programa Mais Especialidades. "O mais urgente hoje é combater a demora na realização de exames e consultas com especialistas", disse a presidente. A meta apresentada é a criação de uma rede de clínicas especializadas, usando tanto a rede pública quando a privada e instituições filantrópicas.

Dilma falou sobre o programa Banda Larga para Todos, que tem a proposta de levar internet de alta velocidade a 90% dos municípios. "Vou garantir que a população tenha acesso à internet em boa qualidade sem pagar mais por isso", prometeu. A proposta é apostar em parcerias público-privadas para a instalação de fibra ótica, com uma meta de dobrar o número de conexões, de 150 milhões hoje para 300 milhões em 2018.

Nesta manhã, o programa da candidata do PSB, Marina Silva, não adotou a estratégia que vinha usando de responder aos ataques feitos pela presidente Dilma Rousseff. A ex-ministra do Meio Ambiente usou pouco mais de dois minutos que tem no rádio para apresentar propostas.

Ao ressaltar o compromisso pela universalização do ensino integral, Marina usou o legado de Eduardo Campos, morto em acidente aéreo no último mês. "Em Pernambuco, Eduardo Campos fez mais escolas em tempo integral que São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro juntos", disse. Na área da saúde, a candidata defendeu a aprovação do projeto de lei que destina 10% da receita bruta da União para o sistema público de saúde. Por último, Marina falou em favor do passe livre no transporte público, argumentando que a medida é considerada um apoio à educação.

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