Bolsonaro quer usar 'tecnologia' de Israel nas obras da Transposição

O candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse à Rádio Jornal que o foco, caso seja eleito, não será criar novas obras, mas tocar as paradas
Da editoria de Política
Publicado em 04/10/2018 às 11:25
O candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse à Rádio Jornal que o foco, caso seja eleito, não será criar novas obras, mas tocar as paradas Foto: Foto: Reprodução / Facebook


Em entrevista à Rádio Jornal, na manhã desta quinta-feira (2), o candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse que pretende utilizar tecnologia de Israel para tocar as obras da Transposição do Rio São Francisco. O presidenciável ressaltou a importância da água para uma região que sofre com seca, mas não se aprofundou sobre o assunto.

"Não queremos nova obra, queremos concluir as inacabadas. Acredito que a transposição seja a mais importante, queremos trazer de Israel a tecnologia para agricultura no semiárido, lá chove menos que no nosso semiárido e, mesmo assim, cultivam de tudo. Por que não fazer o mesmo aqui? Água é vida e com ela se resolve uma infinidade de problemas. Vamos seguir o exemplo dos trechos feitos pelo Exército Brasileiro, nosso Exercito vai colaborar e muito para a conclusão da obra que será feita de forma duradora para os anseios do povo nordestino", afirmou Bolsonaro em entrevista à Rádio Jornal.

Bolsonaro já falado sobre o assunto no Twitter em setembro:

Questionado sobre como conseguir recursos para a obra, Jair Bolsonaro disse que precisa atacar a corrupção. "O orçamento está comprometido, mas pretendemos atacar a corrupção. Temos uma corrupção não vista em lugar nenhum, combatendo isso sobra recurso para essas obras vitais", destacou.

A gestão da transposição poderá ser feita por uma Parceria Público-Privada (PPP), que geralmente é operada por uma empresa privada. Os primeiros passos para isso estão sendo dados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) que está levantando informações a serem empregadas num termo de referência, documento que servirá de base para a futura contratação de um estudo com a modelagem dessa PPP. O projeto da transposição já custou aos cofres do governo federal R$ 9,6 bilhões.

A transposição consiste na implantação de dois grandes canais, o Eixo Leste e Eixo Norte, que vão levar água a municípios de quatro Estados: Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará. O primeiro canal, o Leste, está em fase “pré-operacional” desde março do ano passado. O segundo está em construção, mas deve ser concluído este ano, segundo informações do Ministério da Integração Nacional, responsável pela implantação da obra.

Para ter ideia da celeridade, em março do ano passado, o Eixo Norte estava com 94,5% de execução. Quase um ano depois, esse percentual é de 94,9%. O empreendimento já leva água a mais de um milhão de pessoas na Paraíba, beneficiando 38 cidades, enquanto em Pernambuco a água chega apenas em algumas localidades de Sertânia, pois faltam obras complementares.

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IBOPE

O capitão da reserva lidera as pesquisas de intenção de voto, mas ainda perde para o candidato do PT, Fernando Haddad, em Pernambuco. "A grande surpresa positiva virá do Nordeste, tenho aceitação maior do que o Aécio quando disputou com a Dilma e isso está crescendo", destacou.

Haddad cresceu três pontos percentuais e foi de 38% para 41% das intenções de voto em Pernambuco, segundo a pesquisa realizada pelo Ibope, em parceria com o Jornal do Commercio e a TV Globo, divulgada na terça-feira (2). Bolsonaro oscilou de 19% para 20% no Estado.

O Ibope entrevistou 1.512 eleitores de 67 municípios entre os dias 29 de setembro e 1º de outubro. A margem de erro é de três pontos percentuais. O nível de confiança é de 95%. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número 09633/2018.

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