A presidente Dilma Rousseff destacou nesta noite de terça-feira (10) em pronunciamento em rede nacional de rádio e TV, que a Copa do Mundo fez com que o governo apressasse obras e serviços que já estavam previstos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), destacando a construção, ampliação e reformas de aeroportos, portos, viadutos, sistemas de transporte público. "Fizemos isso, em primeiro lugar, para os brasileiros. Tenho repetido que os aeroportos, os metrôs, os BRTs e os estádios não voltarão na mala dos turistas", disse.
Dilma lembrou que as obras trarão bons resultados para todos os brasileiros. "Uma Copa dura apenas um mês, os benefícios ficam para toda vida." A presidente disse que os novos aeroportos não eram uma necessidade apenas para receber os turistas. Mas, argumentou, com o aumento do emprego e da renda, o número de passageiros mais que triplicou nos últimos dez anos: de 33 milhões em 2003, para 113 milhões de passageiros no ano passado, e deve chegar a 200 milhões em 2020. "Por isso, precisávamos modernizar nossos aeroportos para, acima de tudo, melhorar o dia-a-dia dos brasileiros que, cada vez mais, viajam de avião."
Dilma destacou, ainda, que além das obras físicas e da infraestrutura, está sendo entregue um sistema de segurança "capaz de proteger a todos, capaz de garantir o direito da imensa maioria dos brasileiros e dos nossos visitantes que querem assistir os jogos da Copa".
A presidente aproveitou ainda para rebater as críticas dos que alegam que os recursos da Copa deveriam ter sido aplicados na saúde e na educação. "Escuto e respeito essas opiniões, mas não concordo com elas. Trata-se de um falso dilema", disse. Segundo a presidente, de 2010, quando começaram as obras dos estádios, até 2013, o governo federal, Estados e municípios investiram cerca de R$ 1,7 trilhão em educação e saúde. Enquanto isso, os investimentos nos estádios somaram R$ 8 bilhões. "Ou seja: no mesmo período, o valor investido em educação e saúde no Brasil é 212 vezes maior que o valor investido nos estádios", comparou. A presidente disse ainda que os orçamentos da saúde e da educação estão entre os que mais cresceram no seu governo.
"É preciso olhar os dois lados da moeda. A Copa não representa apenas gastos, ela traz também receitas para o País. É fator de desenvolvimento econômico e social. Gera negócios, injeta bilhões de reais na economia, cria empregos."
Dilma lembrou que as contas da Copa estão sendo analisadas, "minuciosamente", pelos órgãos de fiscalização. "Se ficar provada qualquer irregularidade, os responsáveis serão punidos com o máximo rigor."