PSB anuncia hoje apoio a Aécio Neves

O nome do tucano é defendido pela maioria do partido.
Jumariana Oliveira
Publicado em 08/10/2014 às 8:00
O nome do tucano é defendido pela maioria do partido. Foto: NE10


A Executiva nacional do PSB vai divulgar hoje a decisão do partido em relação ao segundo turno presidencial. O apoio ao senador Aécio Neves (PSDB) já é dado como certo dentro do partido e na Rede Sustentabilidade, que também reúne hoje o seu diretório para deliberar sobre o assunto. A maioria dos estados defende o apoio ao tucano. Diante do cenário que indica a preferência por Aécio, os socialistas “históricos” alegam que o PSB nacional deveria ficar neutro e deixar que cada federação fique livre para apoiar o candidato de sua preferência. Essa ala, no entanto, é minoritária. A deliberação será feita na sede do partido, em Brasília. 

O dia de ontem foi de movimentações em São Paulo. Marina Silva se reuniu com membros do PSB de Pernambuco e seu grupo político da Rede Sustentabilidade. Mesmo negando a informação de que já decidiu pelo apoio a Aécio, essa é a tendência de Marina, que só deverá a anunciar a decisão amanhã. Um indicativo da posição foi revelado na nota divulgada pela ex-presidenciável. Ela reforça que a população brasileira expressou o sentimento de mudanças nas urnas, mesmo discurso utilizado pelos seus aliados favoráveis a Aécio. 

O único receio em relação ao apoio é o “tiroteio” que a legenda vai sofrer por parte dos petistas. Durante o primeiro turno, Marina foi alvo do PT e há a preocupação de que esse acordo seja utilizado eleitoralmente pelos petistas. 

A decisão de apoiar o tucano também está sendo construída pelo PSB de Pernambuco, que está à frente do processo de discussão. Ontem, o governador eleito Paulo Câmara, o senador eleito Fernando Bezerra Coelho, o prefeito Geraldo Julio, o governador João Lyra Neto e o presidente estadual do PSB, Sileno Guedes, estiveram em São Paulo e conversaram com Marina. A decisão pela aliança com o tucano foi acenada na segunda-feira, quando várias reuniões com lideranças locais construíram esse entendimento. João Lyra já falou abertamente. 

Os socialistas pernambucanos entendem que a aliança com Dilma Rousseff (PT) ficou inviável depois da troca de farpas no primeiro turno presidencial. Esse também é um entendimento de parte do grupo de Marina Silva. A ala do PSB estadual não quer falar sobre o assunto abertamente porque definiu que a posição só será externada na reunião de hoje. O partido quer apresentar uma posição unificada, pois teme que a legenda fique fragilizada caso hajam divergências. 

Há o grupo do PSB que prefere a neutralidade por entender que não teria como se aliar a nenhum dos dois grupos depois de defender a nova política. Ex-petista, a deputada Luiza Erundina falou sobre o assunto abertamente. “Nós não dissemos o tempo inteiro, na campanha, que queríamos mudança? Não propúnhamos o tempo inteiro o fim da polarização? Se nós apoiarmos um dos polos, não vamos justamente fortalecer um dos polos e, portanto, justamente a polarização que combatemos?”, disse. Ela é de um grupo ligado ao atual presidente nacional, Roberto Amaral, que tem um histórico de rpoximidade com o PT.

Um grupo menor pleitea o apoio ao PT, já descartado internamente. Poucos estados, a exemplo da Paraíba, vão brigar pela aliança com Dilma. 


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