Um dia depois de o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgar que a área desmatada na Amazônia Legal caiu 18% em um ano, a presidente Dilma Rousseff utilizou o microblog Twitter para comemorar os números e garantir que é compromisso do seu governo acabar com o desmatamento ilegal.
Segundo o Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal (Prodes), a área onde houve remoção completa da cobertura vegetal passou de 5.891 km² para 4.848 km², quando comparados os períodos de agosto de 2012 a julho de 2003 ao seguinte, de agosto de 2013 a julho de 2014.
"A taxa média anual (de desmatamento) em meu atual mandato foi de 5.432 km², praticamente metade do recorde anterior (9.757 km²), registrados entre 2007-2010. Este é o resultado da nossa política que fortaleceu o combate ao desmatamento ilegal e investiu em práticas sustentáveis de produção", escreveu Dilma no Twitter. "Em meu governo, alcançamos as menores taxas de desmatamento na Amazônia da história. Acabar com o desmatamento ilegal na Amazônia é compromisso do meu governo", disse a presidente.
A taxa média anual em meu atual mandato foi de 5.432 km², praticamente metade do recorde anterior (9.757 km²), registrados entre 2007/2010.
— Dilma Rousseff (@dilmabr) November 27, 2014
Este é o resultado da nossa política que fortaleceu o combate ao desmatamento ilegal e investiu em práticas sustentáveis de produção.— Dilma Rousseff (@dilmabr) November 27, 2014
Durante a campanha eleitoral, Dilma foi criticada pela ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva, candidata derrotada do PSB à Presidência, sobre o aumento no desmatamento da Amazônia Legal - em 2013, o número de quilômetros quadrados desmatados foi 29% superior ao de 2012.
Marina chegou a afirmar que o governo da petista "é um retrocesso na agenda do desenvolvimento sustentável" e que "tem implantado medidas que só fazem andar para trás na questão ambiental". "Ela (Marina) deu a contribuição dela, o que acho interessantíssimo é que os dados dela não são excepcionais. Os nossos, em termos internacionais, são excepcionais", disse Dilma a jornalistas, após participar da Cúpula do Clima, em Nova Iorque.
Durante a cúpula, países europeus fecharam um acordo sobre a proteção de florestas, propondo reduzir pela metade o desmatamento até 2020 e zerá-lo na década seguinte. À época, Dilma disse que o Brasil não foi consultado e que alegou que a proposta feria a legislação brasileira, que permite o desmatamento legal, sem danos ao meio ambiente.