O advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, disse nesta quinta (5) que o modelo em estudo para acordos de leniência pode destravar as restrições de crédito às empreiteiras da Operação Lava Jato.
No Rio, ele afirmou que, uma vez que o processo é aprovado por todos os órgãos, inclusive pelo Tribunal de Contas da União, acontece um "resgate reputacional da empresa".
"O resgate reputacional permite que a empresa possa manter suas atividades. E isso também repercute no crédito positivamente. Minha conversa com o presidente Luciano [Coutinho, do BNDES] tem a ver com um parecer que já emiti no passado sobre a questão da continuidade de empréstimos com essas [empreiteiras] e grupos econômicos", disse.
Adams fez referência a parecer da Procuradoria-Geral do Banco Central, subordinada à AGU. O documento diz que bancos públicos e privados podem continuar a oferecer empréstimos às empresas envolvidas.