Grupo vaia Cunha e é retirado pela polícia de sessão na Assembleia de São Paulo

Boa parte dos manifestantes era de integrantes do Juntos!, movimento ligado ao PSOL. Cunha iniciou sua fala, mas foi interrompido diversas vezes aos gritos de: "O povo quer falar, Constituinte já!"
Da Folhapress
Publicado em 27/03/2015 às 12:42
Boa parte dos manifestantes era de integrantes do Juntos!, movimento ligado ao PSOL. Cunha iniciou sua fala, mas foi interrompido diversas vezes aos gritos de: "O povo quer falar, Constituinte já!" Foto: Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil


Recebido em sessão pública da Assembleia Legislativa de São Paulo nesta sexta (27), o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi vaiado por manifestantes, que acabaram retirados à força por policiais militares.

Enquanto era apresentado pelo presidente da Assembleia, deputado estadual Fernando Capez (PSDB), Cunha começou a ser vaiado por manifestantes, que ocupavam a galeria do plenário.

Logo em seguida, para abafar o som incômodo, os políticos presentes aplaudiram Cunha -inclusive petistas, como o secretário municipal Alexandre Padilha (Relações Governamentais), terceiro colocado na disputa pelo governo estadual no ano passado, e o deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP).

Boa parte dos manifestantes era de integrantes do Juntos!, movimento ligado ao PSOL. Cunha iniciou sua fala, mas foi interrompido diversas vezes aos gritos de: "O povo quer falar, Constituinte já!".

"A educação manda que a gente aprenda a escutar, até para que a gente possa discutir", disse o presidente da Câmara, com semblante impassível, sem alterar o tom de voz.

Os manifestantes retrucaram: "Machista, machista, não passarão! Fora Cunha! Corrupto!", gritaram. Dois manifestantes entraram no plenário com uma faixa, mas foram retirados por um policial.

"Muito obrigado pela possibilidade de permitir a minha fala", afirmou Cunha, com um riso irônico.

Em meio à confusão, o deputado estadual Luiz Fernando Machado (PSDB) pediu a Capez que as galerias fossem esvaziadas, ou que a sessão fosse encerrada, já que, segundo ele, a situação era "constrangedora".

O presidente da Assembleia determinou que o público fosse retirado. Policiais militares foram, a princípio, conversar com os manifestantes, pedindo que saíssem. Com a recusa, os PMs empurraram e puxaram pela camisa e pelo braço os cerca de 50 presentes.

Só então Cunha continuou a falar. Disse: "Cumprimentos aos intolerantes, os intolerantes sempre merecem os nossos cumprimentos".

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