Após pressão, CPI da Petrobras deverá ouvir Fernando Baiano em Curitiba

A iniciativa é uma resposta à pressão exercida por alguns partidos, como PT e PSOL, para a convocação do lobista, preso por conta da Operação Lava Jato
Da Folhapress
Publicado em 14/04/2015 às 13:45
A iniciativa é uma resposta à pressão exercida por alguns partidos, como PT e PSOL, para a convocação do lobista, preso por conta da Operação Lava Jato Foto: Foto: Wilson Dias / Agência Brasil


A CPI da Petrobras vai votar nesta terça-feira (14) a convocação do lobista Fernando Soares, apontado como operador do PMDB no esquema de corrupção da estatal. Se aprovado, porém, o depoimento de Fernando Baiano, como é conhecido, será tomado em Curitiba, por um número reduzido de parlamentares e com menor exposição midiática.

A iniciativa é uma resposta à pressão exercida por alguns partidos, como PT e PSOL, para a convocação de Soares, preso na capital paranaense por conta da Operação Lava Jato.

Segue, porém, estratégia do PMDB para reduzir a repercussão negativa do depoimento do lobista, já que a ideia é ter um número menor de deputados participando da oitiva e o acesso da imprensa, reduzido.

A votação desses requerimentos foi acertada em reunião interna da CPI ocorrida na manhã desta terça-feira (14). Pela tarde, a sessão deliberativa da comissão deve votar os requerimentos. Parlamentares de partidos como PSOL e PPS são contrários à oitiva de Baiano em Curitiba e devem protestar durante a sessão -portanto não há garantia de que ocorrerá a aprovação.

Também serão votados requerimentos para ouvir empreiteiros presos na Lava Jato, das empresas Camargo Corrêa, UTC, Engevix, OAS, Galvão Engenharia e Mendes Júnior.

PRESOS

Atualmente, presos não podem ser ouvidos na Câmara por causa de um ato da mesa diretora. Em outra ocasião, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), suspendeu temporariamente esse ato para permitir o depoimento do ex-diretor Renato Duque, acusado de intermediar propina ao PT.

Para Baiano ser ouvido na Câmara, seria necessário novo aval de Eduardo Cunha. Caso ele negasse, absorveria diretamente o desgaste da ação.

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