Líder do governo diz que pacote de infraestrutura pode chegar a R$ 150 bi

Em praticamente todas as áreas consideradas estratégicas, como agricultura, energia e transportes, a discussão sobre a dificuldade de financiamento dos projetos deu a tônica da reunião
Da Folhapress
Publicado em 27/04/2015 às 15:46
Em praticamente todas as áreas consideradas estratégicas, como agricultura, energia e transportes, a discussão sobre a dificuldade de financiamento dos projetos deu a tônica da reunião Foto: Foto:Marcelo Camargo/Agência Brasil


O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), afirmou nesta segunda-feira (27) que o pacote discutido pelo governo para ampliar os investimentos em infraestrutura no país deve ficar em torno de R$ 150 bilhões.

"Essa reunião de sábado foi muito estratégica para o país. Vai ser anunciado um grandioso pacote de infraestrutura para o país, principalmente no que tange a concessões de aeroportos, portos e rodovias. [...] Acho que essa reunião foi a mais importante dos últimos três meses. Esse grande pacote que está orçado, mais ou menos, em torno de R$ 150 bilhões nas concessões", afirmou Guimarães após se reunir na Câmara com líderes da base aliada.

No sábado (25), a presidente Dilma Rousseff reuniu um terço de sua equipe ministerial, por cerca de 10 horas, para tentar tirar o governo da marcha lenta e implantar, apesar da atividade econômica fraca e das limitações orçamentárias, um programa de investimentos.

Segundo a reportagem apurou com ministros que participaram da reunião, Dilma cobrou a ampliação do número de aeroportos que serão licitados. Já estavam na lista os terminais de Florianópolis, Salvador e Porto Alegre.

Com a ordem, devem entrar outros, sendo um do Nordeste -Recife ou Fortaleza-, um do Sudeste e um terceiro no Centro-Oeste.

Os aeroportos de Goiânia e Vitória foram citados no encontro, mas não há nenhuma definição sobre a inclusão nos futuros leilões.

Em praticamente todas as áreas consideradas estratégicas, como agricultura, energia e transportes, a discussão sobre a dificuldade de financiamento dos projetos deu a tônica da reunião.

Além da reunião ministerial, Guimarães se reuniu com os líderes partidários para definir uma agenda de votações para esta semana.

Segundo o petista, a votação acirrada do projeto que regulamenta a terceirização no país, aprovado pela Câmara na semana passada, deixou lições para os parlamentares.

"As lições são que em matéria como essa, polêmica, é necessário um afinamento maior entre a base a o governo e entre o governo e os movimentos sociais. [...] O conselho que os líderes me deram foi que quando houver uma matéria que divide a base, deixa os partidos disputarem, deixa eles dialogarem para ver se chegam a algum consenso. Aquilo que dividir a base, nós vamos fazer esforço para evitar que o governo assuma um lado", afirmou. Em relação ao projeto da terceirização, o governo emitiu notas e articulou para derrotar a proposta.

Guimarães se reúne ainda nesta segunda com o vice-presidente Michel Temer (PMDB), responsável pela articulação política entre o governo e o Congresso, e os ministros Eliseu Padilha (Aviação Civil) e Ricardo Berzoini (Comunicações).

O petista quer ainda propor um encontro entre o PT e o PMDB para apaziguar as diferenças entre os dois partidos, tornadas explícitas em votações acirradas na Câmara.

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