O senador Edison Lobão (PMDB-MA) e o diretor-presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, prestaram depoimento na sede da Polícia Federal, em Brasília, na tarde desta segunda-feira (18).
Investigado no STF (Supremo Tribunal Federal) por suspeita de envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras, Lobão prestou esclarecimentos a respeito das acusações feitas pelo ex-diretor de Abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa.
Costa disse ter mandado entregar R$ 2 milhões para a campanha de Roseana Sarney, a pedido de Lobão, em 2010.
Segundo o advogado do senador, Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, o depoimento durou cerca de duas horas, e o senador negou as acusações.
Ainda de acordo com Kakay, o parlamentar também foi questionado pelos policiais sobre sua suposta participação na sociedade de uma holding com sede nas Ilhas Cayman.
Em um processo que corre na Justiça Federal em São Paulo, um ex-sócio da empresa Diamond Mountain afirmou que Lobão é sócio oculto da holding.
Como tem foro privilegiado por ser senador, o trecho da investigação relacionados a Lobão foram remetidos ao STF.
ODEBRECHT
Já Marcelo Odebrecht foi ouvido no inquérito que investiga a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), também apontada por delatores como beneficiária dos desvios na Petrobras.
A construtora informou, por meio da assessoria de imprensa, que o depoimento foi motivado por declarações de Gleisi, de que teria pedido doações de campanha à Odebrecht, em 2010.
Segundo a empreiteira, Marcelo Odebrecht confirmou que empresas do grupo contribuíram financeiramente com vários partidos, entre eles o PT.