Ministro do Supremo nega acesso a delação de empreiteiro

Os pedidos de acesso foram feitos pelos ministros Edinho Silva, Secretaria de Comunicação Social, e Aloizio Mercadante, e da Casa Civil da Presidência da República, e pelo senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), após reportagem da revista Veja veiculada no último fim de semana
Da ABr
Publicado em 02/07/2015 às 21:22
Os pedidos de acesso foram feitos pelos ministros Edinho Silva, Secretaria de Comunicação Social, e Aloizio Mercadante, e da Casa Civil da Presidência da República, e pelo senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), após reportagem da revista Veja veiculada no último fim de semana Foto: Foto: Carlos Humberto/ SCO/ STF


O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta quinta-feira (2) pedidos de acesso ao acordo delação do presidente da UTC, Ricardo Pessoa, investigado na Operação Lava Jato. O documento tramita em segredo de Justiça no Supremo.

Os pedidos de acesso foram feitos pelos ministros Edinho Silva, Secretaria de Comunicação Social, e Aloizio Mercadante, e da Casa Civil da Presidência da República, e pelo senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), após reportagem da revista Veja veiculada no último fim de semana.

Segundo a revista, Pessoa citou, em acordo de delação premiada, o nome de 18 pessoas que receberam contribuições dele. Edinho Silva e Mercadante negaram ter recebido doações ilegais do empreiteiro.

Edinho Silva, que foi tesoureiro da campanha da presidenta Dilma Rousseff em 2014, confirmou ter recebido R$ 7,5 milhões, mas ressaltou que em doações lícitas, conforme prevê a legislação.

O ministro Aloizio Mercadante confirmou dois pagamentos de R$ 250 mil, da UTC e da Constran, para sua campanha ao governo de São Paulo, em 2010. Ele disse, no entanto, que o dinheiro foi recebido de forma legal e declarado à Justiça Eleitoral.

A direção do PT reafirmou que todas as doações recebidas pelo partido são legais e registradas na Justiça Eleitoral.

O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) reconhece que recebeu R$ 200 mil para sua campanha eleitoral ao Senado, em 2010, mas ressalta que o dinheiro foi legalmente declarado à Justiça Eleitoral. O senador disse que não conhece o empreiteiro e que não tem nada a esconder.

“Nunca fui procurado por Ricardo Pessoa, nem antes, nem depois da campanha, para patrocinar pleitos junto à Petrobras, uma vez que, entre outras razões, é pública e notória a minha frontal oposição ao governo petista, à sombra do qual esse senhor prosperou”, afirmou.

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