Ministro da Integração nega atrasos em obra de transposição do Rio São Francisco

Depois de sucessivos adiamentos, o governo pretende concluir a transposição em dezembro de 2016 ou no início de 2017
Do Estadão Conteúdo
Publicado em 19/08/2015 às 21:00
Depois de sucessivos adiamentos, o governo pretende concluir a transposição em dezembro de 2016 ou no início de 2017 Foto: Foto: Bernardo Rebello/ Imprensa Caixa Economica Federal


A dois dias de a presidente Dilma Rousseff entregar em Cabrobó (PE) a primeira estação de bombeamento do eixo norte da transposição do Rio São Francisco, o ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, disse nesta quarta-feira (19) que "não há atrasos" na obra. Depois de sucessivos adiamentos, o governo pretende concluir a transposição em dezembro de 2016 ou no início de 2017, informou o ministro.

Dilma visita Pernambuco nesta sexta-feira (21), dando prosseguimento a uma série de viagens para resgatar a popularidade na região Nordeste. Depois de entregar trecho da transposição pela manhã, a presidente se reunirá com empresários e movimentos sociais em Recife, à tarde.

"Essa é uma obra longa, com outras ações envolvidas, é uma obra complexa, exige uma tecnologia diferente, que vai se tornar uma referência para outras partes do mundo que também têm carência de abastecimento de água", disse Occhi, em coletiva de imprensa no Palácio do Planalto. "Não considero que a obra sofra atrasos, ela está dentro de um cronograma que pode sofrer algum impacto."

A transposição se divide nos eixos norte (260 km) e leste (217 km), com valor total estimado em R$ 8,2 bilhões. Segundo o ministro, a execução física da obra é de 77,8%. "A execução física não é capaz de fazer mais do que já está sendo feito. Não há nenhum atraso de pagamento para nenhuma das empresas. O que temos é de administrar, da melhor maneira possível, o fluxo da água", ressaltou Occhi.

Em dezembro de 2011, a reportagem do jornal "O Estado de S. Paulo" percorreu trechos da transposição e encontrou estruturas de concreto estouradas e com rachaduras, vergalhões de aço abandonados e diversos trechos em que o concreto fica lado a lado com a terra seca do sertão nordestino.

No ano passado, ao cumprir agenda no Ceará, a presidente Dilma Rousseff reconheceu que o prazo e a complexidade das obras de transposição do Rio São Francisco foram "subestimados" pelo governo.


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