O vice-presidente Michel Temer (PMDB) disse nesta segunda-feira (31) crer que o governo e o Congresso Nacional caminham para um consenso de que o ajuste nas contas públicas deve passar por um corte de gastos e não por um aumento de receita, com alta na carga tributária. "Creio que a grande maioria vai optar pelo corte das despesas da máquina estatal. Se todos se convencerem disso, acho que haverá meios e modos", disse a uma plateia empresarial durante evento em São Paulo.
Temer disse que anteriormente havia a ideia de "rachar o prejuízo", com corte de despesas e com alta de impostos, mas que isso tem mudado. "A primeira ideia é essa (ficar com o corte de gastos), tanto que se abandonou a ideia da (volta da) CPMF."
O vice-presidente confessou que o governo ainda não tem uma receita para conduzir esse ajuste apenas com o corte de gastos. "Como construir isso, confesso que nem eu nem o governo temos uma estratégia determinada. Mas tenho convicção que sairemos dessa crise muito melhor do que entramos", afirmou.
Ele admitiu reiteradas vezes nesta manhã, contudo, que a crise econômica e política são graves e que o governo tem uma base "muito instável" no Congresso Nacional.