Alckmin diz que campanha de Dilma foi levada para o centro da Lava Jato

Governador de São Paulo disse entender que as suspeitas na atuação de Edinho Silva na campanha de 2014 trazem-na ao centro da Lava Jato, mas defende uma investigação mais apurada
Júlio Cirne
Publicado em 07/09/2015 às 13:58
Governador de São Paulo disse entender que as suspeitas na atuação de Edinho Silva na campanha de 2014 trazem-na ao centro da Lava Jato, mas defende uma investigação mais apurada Foto: Foto: Agência Brasil


O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse nesta segunda-feira (7) que as investigações sobre a atuação do ex-tesoureiro do comitê de Dilma Rousseff, hoje ministro Edinho Silva (PT), levam a campanha da petista para o centro da Lava Jato.

"Eu entendo que sim [trazem a campanha para a investigação]. Agora o que eu defendo é uma investigação de maneira profunda, rápida e seriamente", declarou para em seguida afirmar: "E que depois se cumpra a constituição."

Além de Edinho Silva, o STF (Supremo Tribunal Federal) autorizou a abertura de inquérito contra o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante (PT), e o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP).

Alckmin saiu em defesa do aliado. Disse que a investigação vale para todos, mas que é "não faz nenhum sentido que um dos líderes da oposição" tivesse ascendência sobre os negócios da Petrobras, principal alvo da Lava Jato.

O tucano, que desponta em seu partido como pré-candidato à Presidência vem subindo o tom das críticas ao PT e ao governo Dilma. Ele falou sobre o assunto após o desfile de 7 de Setembro, na capital paulista.

Logo no início de sua fala, ressaltou a importância da data e disse que "a República não aceita rapinagem, não aceita a mentira e não aceita o aumento da desigualdade".

Questionado sobre os protestos contra o governo, disse que a crise é "gravíssima" e que revela a "falência do sistema político".

TEMER

O governador também falou sobre a possibilidade do vice-presidente, Michel Temer (PMDB), se tornar uma opção para reunificar o país.

Cauteloso, Alckmin disse que o vice tem "todas as qualificações", mas ressaltou que a crise é "governista" e que demanda reformas "mais complexas". O governador disse que o governo "não é a solução, mas o início da crise".

O tucano ainda criticou o ajuste fiscal e disse que o governo Dilma adota o remédio errado na economia. "Aqui em São Paulo fizemos nossa parte. Cortamos pelo lado da despesa, sem aumentar nenhum imposto", afirmou.

TAGS
Aloysio Nunes Alckmin Dilma Edinho Silva
Veja também
últimas
Mais Lidas
Webstory