Lula nega formulação de alternativa a ajuste fiscal

Entretanto, o ex-presidente já manifestou simpatia a um movimento de políticos e sociólogos que apresentará, dentro de 15 dias, um documento com propostas alternativas ao ajuste fiscal promovido pelo governo
Da Folhapress
Publicado em 17/09/2015 às 14:20
Entretanto, o ex-presidente já manifestou simpatia a um movimento de políticos e sociólogos que apresentará, dentro de 15 dias, um documento com propostas alternativas ao ajuste fiscal promovido pelo governo Foto: Foto: Heinrich Aikawa / Instituto Lula


A assessoria do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou nesta quinta-feira (17) que seu instituto esteja ajudando a formular uma política econômica contrária ao ajuste fiscal do governo.

A informação foi publicada pelo jornal "Valor Econômico".

Em nota, o Instituto Lula disse que a informação "não corresponde de forma alguma à verdade" e que "a veiculação de especulações infundadas não contribui para o debate público e tem consequências negativas para o país", afirmou.

Embora o instituto negue uma atuação direta na formulação das propostas, o ex-presidente Lula já manifestou simpatia a um movimento de políticos e sociólogos que apresentará, dentro de 15 dias, um documento com propostas alternativas ao ajuste fiscal promovido pelo governo.

O gesto tem apoio de parte significativa do PT e tem entre organizadores professores da Unicamp. O economista Guilherme Mello é um dos autores e organizadores.

Ele é responsável por organizar a parte de economia e medidas de curto prazo.

"Também serei um dos porta-vozes do documento, que é uma construção coletiva e contou com a contribuição de mais de 150 economistas, sociólogos, professores, pesquisadores, sindicatos, movimentos sociais", afirma Mello.

Com dois volumes, o documento está sendo submetido a trabalho de revisão técnica e da edição e será lançado oficialmente na semana do dia 28 de setembro.

Um volume é destinado a apresentar alternativas para o curto prazo, com críticas ao ajuste fiscal. O outro volume oferece propostas de médio e longo prazo para o que Guilherme Mello chama de "desenvolvimento inclusivo".

"Nos somamos a um grupo de mais de 150 economistas, que deverão lançar nos próximos dias um manifesto com uma plataforma de propostas para a política econômica que interessa aos trabalhadores e a sociedade em geral", diz o líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) João Pedro Stedile, um dos signatários do documento.

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