A Procuradoria-Geral da República intensificou a busca de provas para instruir um pedido de afastamento do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB). Segundo a Folha de S. Paulo, o reforço vem logo após o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizar, nessa quinta-feira (23), o sequestro de R$ 9,6 milhões depositados em contas do parlamentar na Suíça.
O relator da operação Lava Jato no STF, Teori Zavascki, acatou o pedido do procurador-geral, Rodrigo Janot, de fazer o resgate do dinheiro de Cunha descoberto no país. Segundo o ministro, há elementos de que as contas foram abastecidas com propina de contratos da Petrobras.
O objetivo dos assessores de Janot é concluir o trabalho de reunir indícios que provariam que Cunha utilizou o cargo para impedir o andamento da Lava Jato. Caso haja a comprovação dessa movimentação, o órgão formalizará o pedido.
Ainda nessa quinta, o deputado federal pernambucano Sílvio Costa (PSC), vice-líder do governo, entrou com uma representação na Procuradoria pelo afastamento de Cunha, alegando a utilização do cargo para atrasar as investigações. Eduardo Cunha é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro, além de suspeito de esconder contas na Suíça.