Membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o chamado Conselhão do governo federal, a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) pretende sugerir ao governo nesta quinta-feira (28) na primeira reunião do grupo desde 2014, a adoção de incentivos fiscais para que as fábricas instaladas no Brasil renovem seus parques industriais com a compra de máquinas e equipamentos, afirmou ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, o presidente da entidade, Carlos Pastoriza.
"Nós sabemos da dificuldade fiscal que o governo tem neste momento, mas seria importante o governo fazer um esforço para que o parque industrial se renove", disse. "O parque industrial do Brasil tem uma média de idade de 17 anos, enquanto na Alemanha é media é de oito anos", comparou. "Nosso parque tem hoje máquinas mais antigas e menos automáticas", acrescentou.
Mais cedo, a Abimaq divulgou seus resultados de 2015 e mostrou que o setor registrou no ano a sua terceira queda seguida no faturamento, de 14,4%, para R$ 84,873 bilhões. No início do mês, o Broadcast antecipou que a Abimaq pretendia retomar a discussão sobre a implementação de um plano de renovação do parque industrial brasileiro, mas ainda não havia uma proposta definida
Na reunião de amanhã, Pastoriza pretende levar também uma proposta para melhorar a situação do setor a curto prazo, com o refinanciamento de empréstimos tomados por empresas do setor junto ao BNDES. "Precisamos de um alívio de pelo menos um ano na cobrança de amortizações por parte do BNDES, para que essas empresas possam sobreviver neste ano com menos carga financeira e depois continuem a pagar. Isso seria fundamental para que as empresas continuem produzindo", explicou. A Abimaq tem assento no Conselhão desde 2003.